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As Avózinhas são um exemplo de solidariedade em Aveiras de Cima
As Avózinhas são um grupo composto exclusivamente por senhoras, com idades entre os 50 e os 60 anos, que fazem coscorões e outros doces para vender

As Avózinhas são um exemplo de solidariedade em Aveiras de Cima

Projecto corporizado por voluntárias tem como missão angariar receitas para ajudar a Casa Mãe, instituição que apoia crianças e jovens desfavorecidos e que vive um momento financeiro difícil.

As Avózinhas é um projecto de solidariedade de Aveiras de Cima cujo objectivo é fazer dinheiro para apoiar a Casa Mãe, instituição que apoia crianças e jovens desfavorecidos. Sem eventos, o dinheiro conseguido durante este ano foi conseguido através de donativos.
Antes da pandemia era habitual encontrarmos as Avózinhas, uma vez por mês, à volta dos coscorões. É com a venda destes doces que o grupo, composto por voluntárias, conseguia fazer dinheiro que depois era totalmente entregue à Casa Mãe. Os lanches das Avózinhas pararam em Fevereiro. Em Março, com a instauração do Estado de Emergência foram proibidas todas as actividades consideradas não essenciais, assim como os eventos que permitissem o ajuntamento de pessoas.
Sem Ávinho e Feira de Maio, dois eventos de peso do concelho, as Avózinhas deixaram de ter espaços para promover a sua actividade. “Num ano normal, facturamos cerca de 12 mil euros. Com a Feira de Maio, conseguimos facturar cinco mil euros. Já num fim de semana das Avózinhas, conseguimos à volta dos 400 euros”, diz a O MIRANTE Fernanda Cláudio, uma das voluntárias que compõem este grupo e que faz parte da direcção da Casa Mãe.
Com esta quebra a Casa Mãe quase “não conseguiu pagar os subsídios de Natal aos funcionários”, como explicou Ana Cristina Mendes, que também pertence à direcção da instituição, embora não esteja afecta ao projecto das Avózinhas.
Este grupo é composto exclusivamente por senhoras, todas com idades entre os 50 e os 60 anos, e que tiram um pouco do seu tempo para ir fazer coscorões, mas também doces e lembranças para vender. “Estas voluntárias entram às sete da manhã, para vender o máximo até à hora de fecho”, diz Fernanda.
Em Dezembro, as Avózinhas foram convidadas a vender no evento Jardim do Natal, promovido pelo município no Jardim Urbano Dr. Joaquim António Ramos, em Azambuja. Ao mesmo tempo, aproveitaram também para abrir a loja onde promovem os lanches, em Aveiras de Cima, mas agora com venda apenas em regime take-away.
“Na Azambuja, não consigo chamar as pessoas como faço aqui. Em Aveiras, as pessoas conhecem o projecto da Casa Mãe e tornam-se mais solidárias connosco”, confessa Fernanda, que acrescenta ainda que a decisão de abrir a loja serviu também para fazer mais dinheiro.

A ajuda do IronMan
Sem as habituais vendas, a Casa Mãe recebeu “apoios muito significativos”, entre os quais da IronMate, um projecto que envolve “uma das provas mais difíceis do triatlo mundial”, o IronMan, como explica Luís Faria, promotor da acção, na sua página de Facebook.
À medida que faz os treinos para a prova final (em Outubro de 2021), o atleta aproveita para chamar a atenção para a instituição. “O IronMan é uma das provas de triatlo com maior projecção, e por isso aproveitei para transformar a minha prova num veículo de promoção à solidariedade”.
Nos últimos meses Luís entregou vários artigos à Casa Mãe, entre os quais comida, roupa e dinheiro, tudo oferecido por várias pessoas e empresas. “No último mês, consegui, só através de uma empresa, 480 euros em equipamentos de protecção individual”, diz a O MIRANTE o atleta que conheceu a Casa Mãe através da directora do serviço de pediatria do Hospital de Santarém, Aldina Lopes.

As Avózinhas são um exemplo de solidariedade em Aveiras de Cima

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