uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Menino que caiu numa fossa em Tomar  precisa de operação urgente
Santiago, na cama, acompanhado pela avó Teresa Rodrigues e pelo irmão mais novo, Salvador

Menino que caiu numa fossa em Tomar  precisa de operação urgente

Santiago, o menino que aos cinco anos caiu numa fossa numa localidade perto de Tomar tendo ficado com uma paralisia cerebral grave, precisa agora de ser operado aos pés. A família apela à ajuda de todos para enfrentar uma conta que pode chegar aos 14 mil euros.

A vida do pequeno Santiago Rodrigues e da sua família mudou a 14 de Maio de 2013. Nesse dia fatídico, o menino de cinco anos brincava junto da casa da avó em Vale Carneiro, Tomar, quando caiu numa fossa séptica do vizinho, irmão do avô. Não se sabe quanto tempo ali permaneceu sem oxigénio até ser resgatado pelo pai, mas as lesões graves resultaram numa paralisia cerebral que o deixou completamente dependente.
Sete anos depois do acidente Santiago demonstrava pequenas evoluções. Quando O MIRANTE o visitou, há praticamente um ano, já conseguia abrir as mãos e ter alguma força no pescoço, fruto de muita fisioterapia realizada sobretudo no norte do país, na Maia. Mas a pandemia obrigou à interrupção dos tratamentos e a sua condição estagnou.
A mãe, Liliana Manso, conta-nos agora que apesar de ter fisioterapia em casa, uma vez por semana, este trabalho não tem a mesma intensidade e as pequenas vitórias que tinham conseguido até então estão a cair por terra. A Covid veio também adiar uma operação agendada para Outubro para resolver o pé equinovaro de Santiago, uma condição resultante da paralisia cerebral, em que os seus pés estão permanentemente em pontas. “O Santiago precisa com urgência de ser operado aos pés e terá que ser a um de cada vez porque com os problemas respiratórios que tem os cuidados com a anestesia têm que ser redobrados”, revela a mãe, angustiada com a doença mas também com o valor da operação, a rondar os sete mil euros para cada pé.
Liliana trabalha num aviário, o pai de Santiago é madeireiro e a avó deixou o trabalho no Hospital de Tomar, onde fazia limpezas, para se dedicar apenas ao neto. Os apoios do Estado, para avó e neto não chegam às duas centenas de euros e a família tem-se redobrado em acções para conseguir angariar algum dinheiro. Faz rifas e espalha caixas de recolha de moedas nos estabelecimentos. Já recolheu também três camiões de tampinhas de plástico e continua a aceitar donativos através do NIB 0033 0000 4542 3191041 05 (Millennium BCP).
Santiago está confinado a uma cama ou a uma cadeira de rodas. Não anda, não mexe os braços, não fala. Acabou de completar 13 anos (a 23 de Dezembro) e a melhor prenda que já teve foi há cinco anos quando nasceu o seu irmão Salvador. É ele quem mais estimula Santiago com carinho e brincadeiras. Vivendo um dia de cada vez, a família não desiste de lutar por mais qualidade de vida para o Santiago. Saúde é o desejo de Natal que Liliana pede de voz embargada.

Tribunal ilibou o dono da fossa

A batalha jurídica contra o dono do terreno onde estava a fossa terminou sete anos depois do acidente e não deu razão à família de Santiago. O tribunal de primeira instância desculpou o vizinho, seguiram-se dois recursos, para a Relação e para o Supremo. Todas as decisões foram no mesmo sentido, com o Supremo a considerar que a fossa estava tapada com uma chapa e, embora não se tivesse apurado a resistência desta, não se pode atribuir responsabilidades ao dono da fossa. Considerou mesmo que terá sido o menor, na altura com cinco anos, a desviar a chapa que cobria o buraco, salientando que o menino contribuiu para a tragédia, subtraindo-se à vigilância da avó paterna.

Menino que caiu numa fossa em Tomar  precisa de operação urgente

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido