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Maestro José Santos Rosa: uma vida com música de fundo
José Santos Rosa fotografado por O MIRANTE aquando da entrevista de vida que nos concedeu, publicada em 1 de Outubro de 2009

Maestro José Santos Rosa: uma vida com música de fundo

Músico e compositor natural de Pernes, Santarém, teve uma conhecida orquestra com o seu nome. Faleceu aos 88 anos, no dia 30 de Dezembro de 2020..

O maestro José Santos Rosa, que morreu no dia 30 de Dezembro, aos 88 anos, marcou uma época no mundo da música de dedicou-se de corpo e alma à arte que tanto amou e promoveu. A Câmara de Santarém emitiu uma nota de pesar onde lamenta profundamente a morte do músico e compositor, fundador da Orquestra Santos Rosa, um dos seus grandes legados.
José Santos Rosa foi músico, dirigiu orquestras, criou bandas, escreveu inúmeras músicas. Foi conhecido pela Orquestra Santos Rosa, depois dirigida pelo seu filho Pedro, e marcou uma época no Casino da Figueira da Foz, onde tem uma fotografia sua na galeria dos grandes artistas que passaram pelo espaço.
Em entrevista a O MIRANTE, publicada em 1 de Outubro de 2009, contou parte da sua vida e de como nasceu a sua paixão pela música. Começou a trabalhar aos 10 anos. Foi carpinteiro com o seu pai até ir para a banda da GNR, aos 19 anos. Mas aos 12 anos já era músico na Banda da Música Nova em Pernes. A vocação para a música já vinha de família. O pai tocava na Música Velha de Pernes.
Com 15 anos já integrava várias bandas filarmónicas, como no Cartaxo e Minde. Tocava clarinete que é dos instrumentos mais difíceis. Também começou a fazer conjuntos com outro rapaz e a fazer bailaricos.

“Ninguém é profeta na sua terra”
Dizia que ninguém é profeta na sua terra: “Na Figueira da Foz sou uma pessoa querida. No casino fizeram uma galeria onde colocaram as fotografias dos maiores artistas que por lá passaram. Meteram-me ao lado da Amália Rodrigues. Veja bem a consideração. Na Assembleia Figueirense, uma casa da fina-flor, existe uma placa de homenagem a Santos Rosa. Na Figueira ou em Lisboa sinto-me vaidoso em ser músico”.
E em Pernes? “Sou igual ao varredor das ruas. Talvez esse até tenha mais importância para as pessoas, porque limpa o que elas sujam. Quando morrer se calhar até dizem bem de mim. Mas em Santarém não é assim… Porque não sou de lá. A câmara já me atribuiu uma distinção e no Cartaxo também já me fizeram uma homenagem”.
José Santos Rosa foi distinguido pela Câmara de Santarém como Scalabitano Ilustre, dedicou toda a sua vida à arte musical. “Promoveu o ensino da música com novos métodos de aprendizagem, criou escolas, bandas, orquestras infantis e juvenis no Centro de Iniciação Musical Pernense e foi director musical do Casino da Figueira da Foz”, lembra o município.
Depois do falecimento da esposa foi viver para o lar da Santa Casa da Misericórdia de Pernes. Nessa instituição ajudou a criar o Grupo Coral da Santa Casa da Misericórdia de Pernes, composto por funcionárias e técnicas da instituição.

Maestro José Santos Rosa: uma vida com música de fundo

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