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Entre os negócios que fecham e as mercearias tradicionais que são alternativa às grandes superfícies
Mercearia de Luís Ferreira foi inaugurada em plena pandemia em Novembro de 2020. Pedro Tristão, proprietário do Peter´s Gym, tem ginásios em Aveiras e Cartaxo. No mini-mercado Turna, Singh atende também os jovens que ali passam a caminho da escola

Entre os negócios que fecham e as mercearias tradicionais que são alternativa às grandes superfícies

O MIRANTE fez reportagem junto de alguns comerciantes de Aveiras de Cima, Azambuja, que tiveram de fechar as portas ao público, e visitámos mercearias e frutarias de Vila Franca de Xira que são uma alternativa às grandes superfícies onde circula mais gente.


Rui Rodrigues e Fábio Reis, proprietários da Barbearia 2 Duques, no Mercado Diário de Aveiras de Cima, Azambuja, tiveram que trabalhar até às 22h30 para responder a todos os pedidos, antes do país entrar em confinamento. Os dois profissionais estiveram excepcionalmente a trabalhar juntos, algo que já não faziam desde o primeiro confinamento, em Março do ano passado. Sobre este novo confinamento, Rui Rodrigues diz a O MIRANTE que não concorda com as novas medidas. “As escolas ficam abertas, é um dos maiores focos de contágio e nós que trabalhamos da mesma forma há quase um ano vamos ter de fechar na mesma”.
Também quem não concorda com o fecho de estabelecimentos, neste caso ginásios, é Pedro Tristão, proprietário do Peter’s Gym, com ginásios em Aveiras e Cartaxo, garantindo que os seus espaços são seguros. O uso de máscara já era obrigatório, as máquinas eram desinfectadas após cada utilização e só era permitida a permanência de um máximo de 15 pessoas em cada hora. O empresário não vai cobrar as mensalidades enquanto durar o confinamento. Mas como em quase tudo, há uma alternativa e o ginásio vai implementar um programa de aulas em casa, através de vídeos. Porque “o exercício físico é importante para manter não só a saúde física, mas também a saúde mental, e vemos que com os confinamentos as pessoas ficam mais frágeis”, sublinha o empresário.
Pedro Tristão considera que cumprindo as normas os ginásios são espaços seguros, apesar de compreender que tem de se travar para controlar o agravar da pandemia.
Mercearias tradicionais são mais procuradas por idosos
Nas mercearias de rua a vida não tem parado e há quem prefira ir a estes estabelecimentos mais pequenos do que frequentar os hipermercados, onde circula mais gente. O MIRANTE visitou várias lojas de Vila Franca de Xira. Na Frutaria M.M. Martim, Mónica Matos conta que no primeiro confinamento notou-se uma maior afluência de clientes, “porque as pessoas tinham medo de ir às grandes superfícies onde andava muita gente, enquanto aqui só entram três pessoas” de cada vez. Com o aliviar das medidas algumas pessoas deixaram de frequentar a sua loja, mas mantém os clientes habituais desde há seis anos, entre moradores e trabalhadores das proximidades.
A pandemia não impediu a abertura de novos estabelecimentos de bens de primeira necessidade, como aconteceu com “N’A minha despensa”, que Luís Ferreira inaugurou em Novembro de 2020. O comerciante nota “que algumas pessoas são renitentes em ir às grandes superfícies”, razão que o leva também a acreditar que a afluência à loja aumentará depois da pandemia. Dos seus clientes destaca os moradores da rua e os idosos, mas por ser também uma pequena mercearia que prima por ter produtos diferentes, consegue atrair algumas pessoas que trabalham nas empresas da zona.
Os clientes das mercearias e frutarias de rua são, na maioria, pessoas mais idosas. Mia, de origem chinesa, é proprietária de uma pequena mercearia com frutas e legumes e conta que os seus clientes são essencialmente as mães e as avós da zona. Jinchao Zhang, jovem chinês que encontrámos ao balcão de outro mini-mercado, refere que durante o ano passado a afluência de clientes à loja terá diminuído. Apesar da pandemia, nem todas as pessoas têm medo de visitar supermercados. Está na expectativa de perceber como será este novo ano e deixa uma mensagem aos jovens de que são bem-vindos.
Singh, de origem indiana e proprietário do mini-mercado Turna, tem clientes idosos que se abastecem de fruta fresca e vegetais, mas também tem alguns clientes jovens que passam à porta da loja a caminho da escola ou desta para casa e compram doces e refrigerantes.

Entre os negócios que fecham e as mercearias tradicionais que são alternativa às grandes superfícies

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