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Ninguém quer o lugar de direcção dos Bombeiros Torrejanos
Arnaldo Santos presidente aos Bombeiros Voluntários Torrejanos há duas décadas

Ninguém quer o lugar de direcção dos Bombeiros Torrejanos

A assembleia geral para eleger os novos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários Torrejanos foi suspensa por não ter sido apresentada nenhuma lista de candidatos. Arnaldo Santos, presidente da associação há cerca 20 anos, pretendia dar o lugar a outros, mas o mais provável é arranjar uma nova lista para evitar uma crise directiva.



A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos está à beira de uma crise directiva. A assembleia-geral para eleição dos novos órgãos sociais para o biénio de 2021/2022 foi suspensa por falta de listas candidatas. Uma situação que, inevitavelmente, tem um impacto negativo na associação que completa, em Outubro deste ano, noventa anos de vida.
O MIRANTE pediu esclarecimentos a Arnaldo Santos, presidente dos Bombeiros Torrejanos há cerca de duas dezenas de anos, que confessa querer dar o lugar a outros, por defender que as pessoas não se devem eternizar nos cargos. “A associação não é minha, é de todas as pessoas que vivem no concelho de Torres Novas”, sublinha.
Perante a falta de listas candidatas, Arnaldo Santos admite a possibilidade de formar nova lista para evitar uma crise directiva em plena situação de pandemia. Sem querer levantar o véu, o dirigente assume que só avança com a recandidatura se encontrar uma equipa responsável e com pessoas que queiram pertencer à associação sem segundas intenções. “Infelizmente muita gente vem para cá só para ter um galão em cima do ombro e com essas pessoas não trabalho”, reforça.
O ex-presidente da câmara pelo PSD, e um dos dirigentes associativos mais antigos do concelho, lamenta ainda que cada vez existam menos pessoas para servir a causa de forma gratuita, reconhecendo, ao mesmo tempo, que “o poder político do cargo já foi mais interessante do que é actualmente”.
Sobre a situação actual da corporação dos Bombeiros Torrejanos, admite que vive uma realidade sem precedentes à semelhança do que acontece com todas as corporações do país. A pandemia, diz, tem dificultado a mobilização de voluntários e os custos associados, sobretudo, à compra de EPI (Equipamentos de Protecção Individual) e material desinfectante são incomportáveis.
“Estamos com muita dificuldade em manter a capacidade para socorrer durante 24 horas uma vez que o número de emergências tem sido muito superior ao habitual. Há dias que temos mais de duas dezenas de emergências e não temos pessoas para trabalhar”, lamenta.

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