Rodoviária do Tejo cria duas novas empresas de transportes para a Lezíria e Médio Tejo
Objectivo é ter uma empresa para cada área de concessão correspondente às comunidades intermunicipais, que passaram a ser a autoridade de transportes nas sub-regiões. Os concursos para a exploração dos transportes públicos estão a decorrer, sendo que o da Lezíria é o que está mais avançado.
A Rodoviária do Tejo criou duas novas empresas que vão operar nas áreas do Médio Tejo e Lezíria do Tejo, como forma de se ajustar às novas competências territoriais em termos de transportes, que passam para as comunidades intermunicipais destas duas sub-regiões. Esta estratégia é também uma forma de a empresa antecipar as obrigações a que estará sujeita no caso de ganhar o concurso para operar os transportes públicos de passageiros, em que é obrigatório a operadora ter a empresa sedeada na área geográfica da comunidade intermunicipal.
Para a Lezíria do Tejo os transportes já são assegurados pela RodoLezíria e para o Médio Tejo a empresa é a RDM Tejo. Ambas as empresas são detidas a 100 por cento pela Rodoviária do Tejo, que passa a ser uma holding que detém também a RodoOeste e a Rodoviária do Liz, constituídas há mais tempo.
Com a criação das duas novas empresas no distrito de Santarém reajustaram-se as áreas de intervenção para serem coincidentes com os municípios das duas comunidades intermunicipais. Por exemplo os concelhos da Chamusca e da Golegã pertencem à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, mas na anterior organização da Rodoviária do Tejo estavam dependentes do centro operacional de Torres Novas.
A Rodoviária do Tejo já comunicou a criação das duas novas empresas às comunidades intermunicipais, que passam a ser a autoridade de transportes nas suas áreas, estando também a informar os clientes, fornecedores e instituições das sub-regiões. A empresa informa que foi realizado um processo de “transferência de activos e das autorizações de carreiras regulares de passageiros em vigor na região”.
Os concursos para os transportes nas duas zonas já estão a decorrer. O da Lezíria é o que está mais adiantado, prevendo-se para o início de Fevereiro a abertura de propostas. A exploração do serviço público será por um período de cinco anos, envolvendo 5,5 milhões de quilómetros anuais em regime misto de concessão e prestação de serviços. Em Santarém, a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo não abdica de ter um terminal próprio, o que fará com que encerre o actual na Avenida do Brasil, arrendado pela rodoviária a um privado. No Médio Tejo o concurso foi publicado em Diário da República a 24 de Dezembro e terá uma duração de quatro anos.