A Câmara de Azambuja está a fazer obras de adaptação às alterações climáticas no Ribeiro de Aveiras, com recurso a técnicas amigas do ambiente. Uma delas é a construção de uma estrutura de pedra e madeira no leito da ribeira, “fundamental para promover uma diversificação das velocidades de corrente e diferentes tipos de movimento de água que ocorrem no leito”. Outros trabalhos previstos incidem em obras para evitar a erosão e alteração do meio envolvente ao ribeiro.
Os trabalhos incluem o corte da vegetação invasora, como por exemplo as canas, e a plantação de espécies autóctones no parque ambiental. Numa próxima etapa, prevê-se a modelação das margens da ribeira, a construção de um anfiteatro e a concretização do caminho ao longo da ribeira. A autarquia informa que se pretende preparar a linha de água para os riscos associados a cheias e inundações. A recuperação do corredor ribeirinho permite criar “refúgios e corredores ecológicos para espécies vulneráveis”.
A linha de água atravessa os terrenos dos antigos viveiros do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em Aveiras de Baixo. Com este projecto, cofinanciado pelo Fundo Ambiental, o concelho de Azambuja terá o primeiro Laboratório de Rio a funcionar na zona sul do país. A intervenção representa um investimento de 200 mil euros, dos quais 170 mil são financiados no âmbito do programa “Adaptar o território às alterações climáticas – concretizar o P3AC”.