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Frente ribeirinha de Vila Franca de Xira  é um exemplo de desenvolvimento local 
Depois da Póvoa de Santa Iria vai arrancar este ano a ligação da vizinha cidade de Alverca ao rio Tejo

Frente ribeirinha de Vila Franca de Xira  é um exemplo de desenvolvimento local 

Seminário de inovação e desenvolvimento local colocou investigadores e autarcas a debater a importância da valorização ribeirinha feita no concelho de Vila Franca de Xira que já custou 27 milhões de euros.


A ambiciosa obra de requalificação dos 23 quilómetros de frente ribeirinha do concelho de Vila Franca de Xira, que teve início em 2003, já custou 27 milhões de euros e até 2022 ficará concluída a 80 por cento, faltando apenas ligar Vila Franca de Xira à Vala do Carregado, fazendo a ponte com o vizinho concelho de Alenquer.
A novidade foi deixada pelo presidente do município de VFX, Alberto Mesquita (PS), na primeira edição de um seminário de inovação e desenvolvimento local promovido a 28 de Janeiro pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica de Lisboa. O autarca notou a importância que o Tejo tem para a identidade do concelho de Vila Franca de Xira e defendeu que na relação custo/benefício dos trabalhos realizados não há margem para dúvidas: “Permitir o acesso das pessoas ao rio não tem preço e é uma obra de valor inestimável”,declarou.
Alberto Mesquita destacou como Vila Franca de Xira conseguiu aproveitar todos os cêntimos provenientes dos fundos comunitários para desenvolver os parques ribeirinhos e promete que a ambição de ter toda a frente ribeirinha requalificada não ficará por aqui. A ligação entre o Forte da Casa e o Sobralinho, atravessando Alverca, está em curso e vai custar nove milhões de euros, pagos totalmente por fundos próprios do município. Somam-se outros oito milhões de euros para construir acessibilidades, incluindo passagens superiores pedonais e rodoviárias, fazendo desta uma das obras mais caras realizadas pelo município em todo o território.

Passar ao lado da Cimpor
Alberto Mesquita explica que devido à presença da fábrica da Cimpor, que não pode ser atravessada por um caminho pedonal à beira-rio por questões de segurança, será necessário recorrer a um percurso exterior ligando a Praia dos Tesos, no Sobralinho, ao caminho pedonal de Alhandra.
Já no que diz respeito à Vala do Carregado, como O MIRANTE já noticiara, está assinado um protocolo entre os municípios de Vila Franca de Xira e a de Alenquer visando a criação de um projecto intermunicipal. “Alenquer já não integra a Área Metropolitana de Lisboa e tem maior facilidade em conseguir comparticipações dos fundos comunitários. Por isso Vila Franca de Xira está a fazer os projectos e Alenquer irá candidatá-los”, explicou o autarca.
O seminário foi moderado por José Fidalgo, ex-autarca, mestre em gestão autárquica e coordenador da rede CESOP-Local e contou com a participação de mais de 60 pessoas, incluindo as oradoras Maria João Gomes, doutorada em Estudos Urbanos e Catarina Conde, arquitecta paisagista e directora do Departamento de Ambiente e Gestão do Espaço Público da Câmara de Vila Franca de Xira.

Loures sem acesso ao rio

O caminho pedonal ribeirinho de Vila Franca de Xira termina na Póvoa de Santa Iria, no limite do concelho de Loures, onde está prevista continuação até ao Parque das Nações, em Lisboa. Cristiana Santos, a nova coordenadora do projecto, lamentou no seminário um conjunto de dificuldades que prometem fazer arrastar no tempo a conclusão do projecto em Loures. “Apesar de ser uma área pública, em certos locais os privados podem alegar titularidades e há ruídos de comunicação que ainda precisam ser resolvidos”, lamentou.

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