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Lesados da Águas do Ribatejo fazem queixa à entidade reguladora
Moura de Campos e Nélson Lopes, director geral da empresa Águas do Ribatejo e assessor de imprensa, respectivamente, aparentemente concordam e estão solidários

Lesados da Águas do Ribatejo fazem queixa à entidade reguladora

Clientes apresentaram uma queixa colectiva à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos e exigem uma auditoria à empresa intermunicipal. É a nova “forma de luta” que tem como argumentos três centenas de facturas com valores exorbitantes e que surge depois de tentativas de acordo fracassadas.

A associação informal Lesados ou Contribuintes da Águas do Ribatejo avançou na sexta-feira, 29 de Janeiro, com uma queixa colectiva para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) contra a empresa intermunicipal que gere os sistemas de abastecimento de água e de saneamento básico em sete municípios do distrito de Santarém.
A decisão foi transmitida a O MIRANTE por Manuel Inácio, um dos fundadores da associação, que lamentou a falta de vontade da Águas do Ribatejo em resolver o problema das “facturas milionárias” e de agora “começar a ameaçar com cortes de água”. A associação, constituída por cidadãos de sete concelhos do distrito de Santarém, tem intenção de avançar para a justiça caso a ERSAR não tome uma posição na defesa dos consumidores.
Os clientes da Águas do Ribatejo pedem à ERSAR que defenda os interesses dos consumidores e efectue uma “rigorosa auditoria” à empresa que tem estado a “crucificar consumidores com facturas milionárias de alegados acertos, de meses seguidos”.
No documento dizem ter recolhido três centenas de facturas com valores exorbitantes que ultrapassam em larga margem os consumos habituais, e que alguns desses casos se tratam de erros não reconhecidos pela empresa. É o caso, referem, de um cliente que tem um apartamento devoluto em Torres Novas e que, sem qualquer consumo, teve um acerto de 695 euros.
“Depois de tantos meses e tantas facturas”, refere Manuel Inácio, foram “poucos os casos que tiveram solução” e muitos os clientes que deixaram “as facturas vencer os prazos de pagamento”, levando a empresa a “ameaçar por carta com corte de água”. Numa dessas cartas, lê-se que “a suspensão do fornecimento será efectuada”, salvo se o consumidor comprovar à empresa que está em situação de desemprego, tenha quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20 por cento ou tenha Covid-19.
Na reclamação, os consumidores referem ainda que a Águas do Ribatejo não admite “a existência de falsas contagens devidas a ar, refluxos de água e electricidade parasita na rede”, que a própria ERSAR admite existirem. E criticam que a empresa cobre 73 euros aos consumidores para aferição de contadores, o que dizem ser ilegal.
Segundo os lesados, os problemas registados são amplificados pela indexação da taxa de Resíduos Sólidos, com quatro escalões, à factura da água, da qual “resultam contas astronómicas que representam consumos inverosímeis para o agregado familiar respectivo”.

Empresa não aceita
propostas dos queixosos
Contactada por O MIRANTE, a Águas do Ribatejo refere que dada a legislação em vigor continua a não efectuar a suspensão do serviço de abastecimento de água por falta de pagamento de facturas em dívida. Sobre a reunião de Dezembro com os clientes queixosos, a empresa refere que o director geral da empresa, José Moura de Campos, não assinou o projecto de intenções elaborado pelos lesados pois “as propostas constantes do mesmo não reflectem as conclusões da reunião ou uma posição convergente das partes”. Segundo explicam, a AR não poderia legalmente subsidiar o consumo de clientes que excedam o dobro da sua média anual, nem tão pouco eliminar escalões referentes aos Resíduos Sólidos Urbanos e eliminar a sua indexação à factura da água. A empresa acrescenta que “as tarifas praticadas são das mais baixas da região e estão abaixo da média nacional”.

À margem

Águas do Ribatejo entregue a pessoas pouco recomendáveis

O director-geral da empresa Águas do Ribatejo, Moura de Campos, não dá a cara pela empresa nem em situações como a desta semana em que anunciamos a queixa formal dos consumidores contra a empresa que dirige. A prova da má gestão da imagem da empresa pode ser comprovada nomeadamente num comentário a um artigo de O MIRANTE onde o assessor da empresa Águas do Ribatejo, Nelson Lopes, acusa o O MIRANTE de publicar textos com "o alto patrocínio" de alguém, e "atrás do dinheiro, nem que cheire a mofo", entre outros mimos. É o mesmo Nelson Lopes que escreve este tipo de comentários sobre O MIRANTE, e o trabalho dos seus jornalistas, que depois envia textos da sua autoria ao cuidado dos mesmos jornalistas, propondo a sua publicação no jornal. Caso para dizer que a empresa Águas do Riabtejo está entregue a pessoas no mínimo pouco recomendáveis.

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