Portugal vai receber uma injecção de milhares de milhões de euros de fundos comunitários em resposta à crise provocada pela pandemia, mas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo Governo não consta a variante de Alverca, obra que o município de Vila Franca de Xira considera estrutural para o desenvolvimento do seu território.
O presidente do município, Alberto Mesquita (PS), não se conforma e já escreveu ao primeiro-ministro, António Costa, dando nota do seu desagrado e da necessidade daquela via estruturante, ambicionada há anos, ser inscrita no PRR. “Para grande espanto nosso no plano do Governo não está prevista a variante de Alverca. Vamos reagir já na consulta pública e enviar ao primeiro-ministro a nossa manifestação da necessidade desta variante estar considerada no plano”, afirma o autarca.
Muitas das expectativas do concelho, como a melhoria da rede ferroviária que o atravessa e a garantia de navegabilidade no Tejo entre Lisboa e a Vala do Carregado, por exemplo, estão contempladas no plano. Mas a ausência da variante de Alverca é um tópico que os autarcas locais não querem deixar escapar.
A variante de Alverca é uma das necessidades mais antigas sentidas pelos condutores que, diariamente, precisam de circular na congestionada Estrada Nacional 10, onde a única alternativa rápida entre Vila Franca de Xira e Póvoa implica o pagamento de portagens, na autoestrada do Norte (A1) entre Vila Franca de Xira e Alverca. A outra solução é atravessar Alverca pelo centro da cidade.