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Falta de médicos no concelho da Chamusca é um problema que os políticos não conseguem resolver
Centro de Saúde da Chamusca tem três médicos para uma população de cerca de 10 mil habitantes

Falta de médicos no concelho da Chamusca é um problema que os políticos não conseguem resolver

O problema da falta de médicos no Centro de Saúde da Chamusca parece sem fim à vista. Há um concurso aberto há meses que não tem médicos interessados; as filas de espera e o adiamento de consultas agravaram-se depois da unidade ter começado a vacinar contra a Covid-19.




As consultas adiadas e as longas filas de espera, muitas vezes debaixo de chuva e sem distanciamento social, têm levado ao desespero os milhares de utentes do Centro de Saúde da Chamusca. As queixas são consequência da permanente falta de médicos na unidade de saúde, que já foi notícia em O MIRANTE em várias edições e continua a ser tema nas reuniões de executivo e da assembleia municipal.
O Centro de Saúde da Chamusca tem, neste momento, três médicos para uma população com cerca de 10 mil habitantes. Há um concurso aberto há meses para a admissão de mais um profissional, mas nenhum médico parece estar interessado em trabalhar no concelho. Estima-se que existam cerca de duas mil pessoas sem médico de família na Chamusca.
Na última assembleia municipal, que se realizou na sexta-feira, 26 de Fevereiro, a eleita Silvina Fernandes (PSD/CDS) voltou a abordar o assunto, referindo que tem recebido queixas de vários munícipes descontentes com os tempo de espera e com as constantes desmarcações de consultas. “O presidente está preocupado com esta situação que se arrasta no tempo e tem alguma solução para apresentar”, questionou.
Paulo Queimado, presidente da câmara, reconheceu o problema e confirmou que os tempos de espera são preocupantes e que os adiamentos das consultas têm aumentado significativamente. O autarca afirmou ainda que a situação tem tendência para piorar, pois a unidade começou a vacinar pessoas contra a Covid-19, o que significa que vai estar um médico permanentemente destacado para esse efeito, prejudicando ainda mais o atendimento. Em vez de apresentar soluções para o problema, Paulo Queimado deixou ainda mais preocupados os autarcas que o ouviram nas respostas à eleita do PSD.
A falta de médicos de família no Centro de Saúde da Chamusca é um problema que parece sem fim à vista e que é recorrente na maioria dos concelhos do interior, como é o caso da Chamusca. Outra das preocupações que existe, e que precisa de ser resolvida com urgência, prende-se com a falta de profissionais a deslocarem-se às extensões de saúde nas freguesias do concelho, onde está a população mais isolada.

POUCOS DESENVOLVIMENTOS SOBRE NOVO CENTRO DE SAÚDE
Silvina Fernandes também questionou o presidente sobre os desenvolvimentos na implementação do novo centro de saúde na vila, uma vez que a Autoridade de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT) abriu novo concurso para a empreitada no final do ano passado. O autarca adiantou que existe uma empresa interessada na obra, mas não deu garantias de respostas a curto prazo.
O último projecto do novo Centro de Saúde da Chamusca, que vai situar-se na Avenida Gago Coutinho, num terreno perto do Bairro 1º de Maio, é de final de 2019, com um investimento total estimado de cerca de um milhão e 300 mil euros, valor muito superior ao inicialmente previsto caso a construção tivesse começado em 2017. Recorde-se que a obra era para estar concluída e inaugurada no final de 2018, tal como a autarquia anunciou, na altura, num outdoor colocado no local da obra.

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