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Segurança Social de Santarém deu 17 milhões para lay-off no primeiro confinamento
Renato Bento

Segurança Social de Santarém deu 17 milhões para lay-off no primeiro confinamento

O centro distrital foi apanhado numa avalancha de pedidos de apoios no âmbito das medidas criadas para combater a crise criada pela pandemia. Além do lay-off, que foi a medida com maior impacto, deram-se milhares de apoios a famílias, trabalhadores independentes e para retoma da actividade de empresas.

No primeiro confinamento no início de 2020 foram atribuídos 17 milhões de euros no âmbito do lay-off de na região, segundo revela o director do Centro Distrital de Segurança Social de Santarém, Renato Bento. Este dinheiro foi distribuído por nove mil pedidos de empresas e abrangeu 33 mil trabalhadores, como forma de proteger e salvaguardar os postos de trabalhos de empresas que tiveram de parar ou reduzir a sua actividade devido à pandemia.
A Segurança Social de Santarém atribuiu ainda outros apoios sociais, como o apoio extraordinário à retoma progressiva da actividade em empresas em situação de crise. Esta medida totalizou um apoio de 2,6 milhões de euros, beneficiando cerca de 4.300 trabalhadores por conta de outrem de 1.200 entidades empregadoras. Quanto ao apoio extraordinário à redução da actividade económica de trabalhadores independentes foram atribuídos 4,2 milhões de euros, para um universo de 4.900 pessoas.
Renato Bento, recordando que está a decorrer uma nova fase de ajudas, algumas das quais se vão prolongar até Junho deste ano, revela que o apoio excepcional à família ascendeu a 3,5 milhões de euros para um total de cerca de 8500 beneficiários. Para o director, todas as medidas são “muito impactantes do ponto de vista orçamental, reflectindo um enorme esforço do sistema de protecção social”.
Para se ter uma ideia, a actividade dos serviços aumentou em 40 mil por cento no primeiro confinamento, para o qual contribuíram em grande parte os nove mil requerimentos para o lay-off, que antes da pandemia não iam além dos nove por ano. A grande maioria destes processos foram tratados automaticamente pelos sistemas informáticos, mas houve outros que tiveram de ser verificados manualmente, quando se detectavam erros ou falta de informação.
Renato Bento sublinha que esta crise representa para os serviços um “desafio absolutamente extraordinário do ponto de vista da gestão”. Para fazer face ao maior aumento de solicitações e requerimentos entrados nos serviços, com os mesmos recursos, foi necessário reorientar prioridades, num esforço e dimensão, que apelida de bíblicos, e que se têm mantido até ao momento. A Segurança Social teve de, “num espaço de dias, criar mecanismos internos para implementar dezenas de novas e extraordinárias medidas de apoio, que noutras circunstâncias levariam meses a preparar e planificar”.
Recorde-se que a Segurança Social também teve de decidir sobre subsídios por doença Covid-19 e por isolamento profilático, apoios ao sector da economia social, além de gerir equipas de apoio à gestão das instituições, desenvolver intervenções preventivas, entre outras. Renato Bento diz que se está perante “o maior desafio profissional colectivo da nossa existência e uma aprendizagem muito enriquecedora”, reconhecendo o papel determinante dos profissionais da Segurança Social, relevando um “espírito de serviço público e de missão que muito honra e dignifica o sistema público de protecção social”.

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