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Em defesa do Tejo
Manuel Campilho e Miguel Campilho são dois dos dinamizadores de um projecto revolucionário para o rio Tejo

Em defesa do Tejo

O Projeto Tejo propõe a construção de açudes rebatíveis. Exemplo desta solução é o rio Reno, equipado com açudes de modo a permitir a navegação fluvial. Permitir, pura e simplesmente, que o rio apodreça enquanto cruzamos os braços será a solução mais correcta? o Projecto Tejo pretende garantir: água para todos, nas suas várias utilizações, entre elas a agricultura que é um motor de vida animal, vegetal e humana.

Ao contrário do que por vezes se diz o Projeto Tejo propõe a construção de açudes rebatíveis no rio Tejo, não que o regadio o obrigue, mas sim com o fim de manter um caudal elevado durante todo o ano ajudando a criar “vida” no rio, o que não acontece atualmente e se tenderá a agravar se nada for feito.
Este caudal constante induzirá um forte aumento da população de peixes migradores, nomeadamente a enguia, o sável e a lampreia que, na situação atual, que associa reduzidos caudais à pesca “selvagem” com redes ilegais, tenderão mesmo a desaparecer. Os açudes rebatíveis são “temporários”, rebaixando durante os meses de Outubro a Abril, o principal período de subida e descida de peixes no rio, e só subindo a partir de Maio/Junho quando o caudal “natural” do rio se reduz e é necessário abrir as comportas das barragens para o manter “cheio”. Nesta altura entrarão em funcionamento as respetivas “escadas de peixes”, permitindo a subida e descida das espécies piscícolas durante este período. Exemplo desta solução é o rio Reno, equipado com açudes de modo a permitir a navegação fluvial, e onde as espécies piscícolas se têm desenvolvido fortemente.
Numa lógica de usos múltiplos o rio poderá também ser usado no transporte de mercadorias, pesca profissional e desportiva, desportos náuticos, turismo ribeirinho e, naturalmente, rega, pois as Pessoas são parte integrante do ambiente e, ao contrário da agricultura de sequeiro, os rendimentos conseguidos com o regadio permitem a sua permanência no meio rural, sem migrarem para as cidades.
Querer, sentado no seu gabinete citadino climatizado, com ordenado garantido, e sem qualquer saber agronómico, ou mesmo rural, que se façam culturas que não consumam água, nem adubo, nem solo, nem gasóleo, nem, nem, nem, não passa de uma falácia de quem não sabe do que fala nem tem solução para os problemas existentes.
Permitir, pura e simplesmente, que o rio apodreça enquanto cruzamos os braços será a solução mais correcta? Não nos parece… Por esse motivo apresentámos este projecto que pode, e deve, ser alvo de melhorias através do contributo conhecedor de todos os que entendam fazê-lo.
A definição de agricultura é, tão só, a utilização dos recursos naturais com sabedoria e bom senso. Todos os agricultores sabem que assim é, pois vivem dessa realidade e com base nela alimentam o país e o mundo. Assim sendo, estas pessoas são as mais interessadas na defesa do ambiente e da biodiversidade. Quem trabalha a terra e com a terra, porque possui formação agrícola, sabe que sem água as plantas não se alimentam e, como tal, não sobrevivem.
As alterações climáticas, de que tanto se fala, afectam de forma profunda a agricultura. No Verão o nosso clima é seco, possui sol e temperaturas, o que é positivo, necessitando por isso de água para ser competitivo. Ora, é exatamente isso que o Projeto Tejo pretende garantir: água para todos, nas suas várias utilizações, entre elas a agricultura que é um motor de vida animal, vegetal e humana.
ASSOCIAÇÃO+TEJO.

Em defesa do Tejo

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