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Autarcas comunistas de VFX criticam valores das verbas transferidas pela Câmara
Carlos Gonçalves, Luís Almeida e José António Gomes

Autarcas comunistas de VFX criticam valores das verbas transferidas pela Câmara

Depois de se terem sentado à mesa com a câmara municipal e terem aceitado as verbas propostas para as transferências de competências, os autarcas que lideram as juntas de freguesia CDU no concelho de Vila Franca de Xira vêm agora criticar o processo numa altura em que se aproximam as eleições. Os comunistas queixam-se que foram coagidos e obrigados a aceitar os valores. O que é contrariado pelos autarcas de freguesias socialistas e pelos números do município, que diz ter aumentado as verbas em quase meio milhão de euros. Os comunistas alegam que se não aceitassem as propostas da câmara que iriam receber valores inferiores. Numa carta conjunta, os autarcas da Castanheira do Ribatejo, Alverca e Vialonga criticam o que dizem ser uma crescente “desvalorização e desrespeito” da câmara pelas juntas de freguesia com consequências graves para o bem-estar das populações. Lamentam que uma junta no concelho de VFX tenha de executar o mesmo trabalho com verbas 40 por cento inferiores em comparação com uma freguesia do vizinho concelho de Loures. E sublinham que as juntas vão continuar a ver os seus orçamentos espoliados na capacidade de resposta às populações ao assumirem competências que a câmara paga abaixo do custo.
O município explica que este ano, depois de uma negociação com os autarcas, as juntas de freguesia receberam um montante global anual próximo dos 3,5 milhões de euros, incluindo um aumento anual de 426 mil euros face ao anterior acordo de 2018. É dinheiro que serve para financiar, entre outras competências, a gestão e manutenção dos espaços verdes, limpeza de vias, manutenção de sarjetas e sumidouros, reparação de mobiliário urbano e a gestão de feiras, mercados e alguns cemitérios.

Socialistas não concordam
Em declarações a O MIRANTE os presidentes de junta socialistas de Vila Franca de Xira e Póvoa de Santa Iria dizem concordar com os valores propostos pela câmara. João Santos, presidente da freguesia da sede de concelho, diz que o município nunca poderia pagar mais por um serviço do que o custo que teria com ele. Mário Cantiga, de Alhandra, que se desfiliou da CDU e vai concorrer como independente apoiado pelo PS nas próximas eleições, diz também não concordar na plenitude com os valores propostos, mas reconhece o esforço feito no seu aumento.
O presidente da câmara, Alberto Mesquita, admite que as necessidades das juntas são sempre superiores aos recursos existentes e que depois da avaliação feita pelo município considera que os valores agora transferidos são adequados às necessidades. “As juntas gostavam de ter mais dinheiro, mas nós também gostávamos de ter um orçamento mais robusto. Infelizmente os orçamentos são finitos”, sublinha.

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