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Deputado do PS António Gameiro alvo de buscas da Judiciária
António Gameiro foi alvo de buscas domiciliárias relacionadas com a detenção da autarca de Vila Real

Deputado do PS António Gameiro alvo de buscas da Judiciária

A operação da Polícia Judiciária passou pela residência do político de Ourém, no âmbito da operação que levou à detenção da autarca de Vila Real de Santo António por corrupção. As buscas ocorreram um dia depois de António Gameiro ter apresentado a sua candidatura à Câmara de Ourém.

A casa em Ourém do deputado socialista António Gameiro, eleito pelo distrito de Santarém, foi vasculhada pela Polícia Judiciária no âmbito da operação que levou à detenção da presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, suspeita de corrupção. Vários elementos do PS confirmam a situação a O MIRANTE e o deputado esteve todo o dia de terça-feira, 13 de Abril, sem atender o telemóvel, mesmo a pessoas que lhe são próximas.
As buscas em casa do deputado, em Ourém, que já foi várias vezes presidente da distrital de Santarém do Partido Socialista, aconteceram um dia depois de Gameiro ter apresentado a sua candidatura à Câmara de Ourém, que o PS perdeu para o PSD nas últimas eleições.
O deputado é o líder da bancada socialista na Assembleia Municipal de Ourém e apesar de tentar passar despercebido já esteve debaixo dos holofotes mediáticos. Em 2015 foi condenado por ter ficado com 45 mil euros da venda de um apartamento de uma emigrante na Austrália, da qual era advogado. O Tribunal de Santarém condenou-o a entregar o valor mais juros até integral pagamento. O caso tem contornos estranhos como a do facto de ter viajado até à Austrália com uma pasta com dinheiro para, alegadamente, fazer contas com a cliente. No mesmo ano o seu nome surgiu no âmbito das investigações da “Operação Marquês”, em escutas telefónicas com Carlos Santos Silva, de quem é amigo. Em causa na investigação da Polícia Judiciária está um negócio que envolveu a venda de um terreno em Monte Gordo por 5,6 milhões de euros, com cinco mil metros quadrados, situado na praia de Monte Gordo, junto ao hotel Vasco da Gama. No negócio, a autarquia do distrito de Faro pretendia “receber à cabeça 50% do valor” e o resto quando os projectos estivessem “concluídos e licenciados”. O objectivo seria a construção de “habitação, comércio, serviços e turismo”, além de um estacionamento no subsolo. O terreno teria sido “cedido há muitos anos para a construção de um jardim” e não deveria ter outro uso que não o público.
Além da autarca algarvia, foram detidos dois empresários e um trabalhador da Administração Pública indiciados de corrupção, recebimento indevido de vantagem e abuso de poder na intermediação do um negócio imobiliário. Foram realizadas cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias, em estabelecimentos e escritórios de advogados.

Deputado do PS António Gameiro alvo de buscas da Judiciária

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