Os crimes ambientais cometidos no rio Nabão, em Tomar, estão na ordem do dia há vários anos e voltaram à agenda política na última reunião do executivo, que se realizou na segunda-feira, 12 de Abril. A sessão voltou a ser presencial e contou com presença de público, uma situação pouco recorrente em Tomar e na maioria dos municípios da região. José Delgado, vereador do Partido Social Democrata (PSD), usou da palavra para criticar a “desinformação” que existe em relação aos episódios de poluição que vão acontecendo no rio quase todas as semanas. O autarca lançou críticas à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) por falta de actuação e por não dar a conhecer de forma clara quem pensa ser responsável pelos focos de poluição. “Os tomarenses estão cansados desta novela. O Governo deve ser responsabilizado e obrigado a fazer alguma coisa pela nossa população”, sublinhou. Anabela Freitas (PS), presidente do município, concordou com as palavras do vereador social-democrata, lamentando que haja pessoas que fazem deste assunto um “cavalo de batalha” em vez de se unirem em prol da comunidade. A autarca voltou a referir a necessidade de se investir cerca de 22 milhões de euros para reduzir os focos de poluição que têm origem, sobretudo, na Estação de Tratamento de Águas Residuais de Seiça e na rede de drenagem de águas residuais que lhe está associada.