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Alunas de escola de Vialonga ganham prémio da UNESCO 
As vialonguenses Mariana Pacheco, Leonor Castro, Íris Atende e a professora Paula Martins criaram um vídeo distinguido a nível global pela UNESCO

Alunas de escola de Vialonga ganham prémio da UNESCO 

Mesmo tendo aulas numa das escolas mais degradadas da região e que tem há anos promessas de obras não cumpridas pelo Governo, três alunas e uma professora conquistaram um prémio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura sobre a defesa dos oceanos.

Mariana Pacheco, Leonor Castro, Íris Atende e a professora Paula Martins, do Agrupamento de Escolas de Vialonga, venceram o prémio Sea Beyond, um projecto global promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para assinalar a década dos oceanos, em 2021. Apesar de estudarem numa das escolas mais degradadas da região e que há mais de uma década tem vindo a receber promessas de obras ainda não cumpridas dos sucessivos Governos, Mariana, Leonor e Íris, de 13 e 14 anos, todas de Vialonga, provaram ter capacidade de vencer face a escolas de oito países diferentes.
Com a ajuda da professora montaram um filme em animação “stop motion”, dirigido à comunidade piscatória, sobre a importância de promover a recolha e reciclagem dos plásticos nos oceanos. A ajudar esteve Filipa Bessa, bióloga e investigadora do mar na Universidade de Coimbra. O filme foi feito em Janeiro, já durante o confinamento. Mariana, Leonor e Íris são também alunas da Orquestra de Vialonga, o projecto educativo daquele agrupamento de escolas, e Mariana espera poder seguir uma carreira no mundo da música. “Foi bom ter convivido com outras turmas e aprender mais sobre os oceanos, foi divertido e uma surpresa termos ganho”, contam a O MIRANTE.
A campanha de sensibilização foi criada pela Comissão Intergovernamental Oceanográfica da UNESCO e resulta de uma candidatura feita pela escola de Vialonga ao projecto Erasmus - Sustainable Water Approach Management (SWAM). Para a professora Paula Martins, que lecciona Inglês no agrupamento desde 2005, o facto de a escola não ter condições faz com que o prémio seja uma motivação para a comunidade educativa. “Por escolas onde tenho andado esta é a que tem piores condições. Não temos um computador numa sala de aula, temos um projector ou dois por bloco, não se tem investido nas condições da escola porque estamos à espera da nova escola. Estamos com contentores nos pátios há imensos anos que nos dão condições miseráveis”, realça.
A vitória das alunas de Vialonga mereceu os parabéns públicos da Marinha Portuguesa, que vai oferecer quatro livros da sua biblioteca à escola, e do Ministério do Mar.

Alunas de escola de Vialonga ganham prémio da UNESCO 

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