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Rita Barata emigrou para a Suíça, e acabou  de lançar “Damasco”, a sua última música
foto DR - Natural do Entroncamento, Rita Barata emigrou para a Suíça onde lançou a sua música "Damasco"

Rita Barata emigrou para a Suíça, e acabou  de lançar “Damasco”, a sua última música

Natural do Entroncamento, Rita Barata lançou em Março deste ano “Damasco”, uma canção que nasceu durante a quarentena do ano passado

Rita Barata, 27 anos, é licenciada em Terapia da Fala e trabalhava na sua área quando decidiu emigrar para a Suíça, de onde é natural o seu namorado. A desmotivação e incerteza de ser esse o caminho a seguir levaram-na a aventurar-se num país estrangeiro. Natural do Entroncamento, vive em Meyrin desde Janeiro de 2019. Trabalha como assistente administrativa na área da construção mas a sua grande paixão é a música. Em Junho de 2019 lançou o seu primeiro disco, intitulado “Se chover, floresce”, totalmente acústico e onde canta e toca guitarra em todas as canções da sua autoria. Essas foram as suas primeiras músicas, todas cantadas em português.
Em 2020 lançou o single “Desconstrução”. A música “Damasco”, apresentada em Março deste ano, nasceu durante a quarentena do ano passado. “A Damasco surgiu num momento em que me apercebi que apenas podemos ser inteiros quando integramos espírito e corpo. Durante muito tempo vivi desconectada daquilo que considero mesmo importante e foi durante a quarentena que mudei a maneira de ver a vida. Esta música convida-nos a celebrar a vida reconectando-nos ao prazer de estar vivo e ao poder de sentir”, explica Rita Barata a O MIRANTE em entrevista realizada por email. “Damasco” está disponível em todas as plataformas digitais na Internet e no canal que Rita tem no Youtube.
A jovem não sabe explicar a paixão pela música pois não tem referências nesta área. Lembra-se de gostar de cantar e passar tardes a tentar decorar as letras que ouvia. Aos 15 anos começou a aprender a tocar guitarra e foi nessa altura que percebeu que, mais do que gostar de cantar, conseguia escrever as suas próprias músicas, tendo descoberto um mundo novo para si. Esta é uma paixão que concilia nos tempos livres.

Críticas à “auto desvalorização” lusitana
Emigrar sempre esteve nos planos de Rita Barata. Durante muito tempo teve o desejo de viver em Londres (Inglaterra) mas a vida levou-a para a Suíça e não se arrepende da escolha. Na altura em que saiu de Portugal trabalhava como terapeuta da fala mas confessa que se sentia um pouco perdida e sem certezas de querer seguir esse caminho. O namorado emigrou um ano antes e por isso Rita lançou-se numa aventura controlada. Quando assentou arraiais sentiu um misto de entusiasmo e curiosidade mas também com muita incerteza e saudade do que se afastava.
Vem a Portugal pelo menos três vezes por ano e, como normalmente são poucos dias, aproveita para matar saudades da família sobretudo das iguarias gastronómicas feitas pela sua avó. Fondue e raclette são os pratos típicos da Suíça que mais gosta. No país que escolheu para viver gosta da proximidade com a natureza e poder acordar com vista para as montanhas. Ou de sair de casa e cinco minutos depois estar no meio do campo como se a cidade ficasse muito distante.
Admite que o contraste entre Portugal e Suíça não é tão grande quanto imaginava, embora o Inverno seja muito mais rigoroso e o Verão não seja tão quente como em Portugal. Regressar está nos planos do casal mas ainda não conseguiram definir se será em breve ou mais tarde. O que Rita Barata menos gosta no seu país é daquilo que chama de “auto desvalorização” que por vezes existe das próprias capacidades enquanto país. “Parece que existe uma espécie de crença, ainda muito gravada no ADN português, de que não somos tão bons quanto os outros e isso não é verdade. Acredito que há muito trabalho a fazer no sentido de reprogramar a nossa visão de quem somos e podemos ainda ser”, sublinha.
É através da RTP Internacional e da Internet que acompanha diariamente o que se passa no seu país. A pandemia provocada pela Covid-19, que na Suíça está semelhante ao resto da Europa, trouxe-lhe a possibilidade de trabalhar a partir de casa e isso deixa-a bastante tranquila.

Rita Barata emigrou para a Suíça, e acabou  de lançar “Damasco”, a sua última música

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