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Ministros dizem que falta de água se resolve com estudos e investimento   

A importância da água foi o tema central da Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, e o aviso sobre a sua escassez e má gestão foi deixado pela organização. O dueto de ministros que inaugurou o evento defendeu-se com discursos de confiança.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, foi a figura em destaque na inauguração da Feira Nacional da Agricultura (FNA), em Santarém e levou atrelada a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que não discursou mas fez-se ouvir.  Do lado do sector e organização do evento o que ouviram foi uma preocupação comum: a falta de água está a afectar o desenvolvimento e manutenção da produção agrícola.

Entre os sorrisos que estamparam no rosto nos corredores dos stands dos agricultores, produtores e empresários relacionados com o sector, responderam às preocupações, sempre com uma boa dose de optimismo.

Siza Vieira inaugurou o discurso com um elogio rasgado ao esforço dos agricultores e daqueles que mantiveram operacional “a fileira agro-alimentar” durante o confinamento. Antes de passar para a fase do discurso mais sério, ainda partilhou que nasceu no mesmo ano em que se realizou a primeira edição da FNA, em 1964 e que está espantado com o desenvolvimento do sector. “A nossa agricultura exporta para todo o lado, aumentou no ano passado e reduziu o nosso número de importações”, considerou.

Sobre a água, tema central da edição deste ano da Feira Nacional da Agricultura, o ministro afirmou ter “confiança na capacidade que o país tem de enfrentar estes desafios com recurso à ciência e progressos tecnológicos”, para melhorar a gestão do recurso hídrico.

Muitos milhões para a agricultura

Em resposta a Eduardo Oliveira e Sousa, presidente do Confederação dos Agricultores de Portugal e em simultâneo do CNEMA - complexo onde se realiza o evento -, que criticou a falta de investimento e apoios à agricultura, Siza Vieira salientou que o Plano Nacional de Investimentos contém uma verba de 750 milhões de euros direccionados para o plano nacional de regadio e que o Plano de Recuperação e Resiliência inclui verba para construção da barragem do Pisão, distrito de Portalegre, e outra de 100 milhões de euros para alocar à investigação e inovação no sector.
Também o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, que pouco se relacionou com os ministros, mandou o recado sobre a escassez de água no Tejo, reiterando ser urgente traçar um novo caminho na gestão do rio e da água.

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