uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Biblioteca camoniana ao abandono na Casa-Memória de Camões

Direito de resposta

Os livros da biblioteca camoniana Victor Fontes foram oferecidos à fundadora da Associação, a jornalista Manuela de Azevedo, em 1986. Foi a própria Manuela de Azevedo quem os mandou colocar, durante os anos ‘90, na casa devoluta anexa à Casa-Memória de Camões, então em construção. Quem cumpriu essa ordem foi o funcionário da Associação que faleceu em 2001. Anos mais tarde, sendo ainda presidente da Direção, Manuela de Azevedo, numa das suas já raras visitas a Constância, foi ao local verificar o estado em que os livros se encontravam e, apercebendo-se que a maior parte deles estavam degradados pela humidade e cheios de bichos, mandou que a funcionária (viúva do anterior e atual funcionária da Associação) se deslocasse a esse anexo, procurasse salvar o que fosse possível e deitasse fora o resto -- o que foi feito, retirando para a Casa-Memória de Camões uns quantos livros (poucos) que conseguiu recuperar.
Que fique claro: foi Manuela de Azevedo quem mandou lá pôr os livros e quem de lá os mandou tirar. Tudo isto se passou há cerca de 20 anos, não podendo ser atribuídas quaisquer responsabilidades nesta matéria às cinco Direções que depois governaram a Associação, a partir de 2006, incluindo a atual a que presido.
Refere o título da notícia no interior do jornal (p. 29): «Biblioteca camoniana ao abandono na Casa-Memória de Camões». Não é verdade. Não há nenhuma biblioteca ao abandono, nem livros «amontoados»: os cerca de 5000 livros que constituem o fundo bibliográfica que, no essencial, nos foi legado pela nossa fundadora Manuela de Azevedo encontram-se em local apropriado e seguro, acondicionados em estantaria metálica e parcialmente catalogados. A conclusão da catalogação será integrada no conjunto de trabalhos a que se irá proceder, no contexto da criação de condições para a abertura em permanência ao público da Casa-Memória de Camões, em articulação e com o apoio da Câmara Municipal de Constância e do Ministério da Cultura.
Sendo a biblioteca camoniana Victor Fontes um assunto que teve o seu infeliz desfecho há cerca de 20 anos, não deixa de ser estranha a oportunidade desta «notícia», saída a público precisamente em 10 de Junho, Dia de Camões e numa fase em que a Direção da Associação, ao contrário do que o jornal transmite à opinião pública, vem batalhando para salvaguardar o património camoniano, tanto o da Casa-Memória como o do Jardim-Horto de Camões.
António Matias Coelho
Presidente da Direção

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido