Abrantes, elevada a cidade há 105 anos, está mais desenvolvida e capaz de continuar a apostar na educação, na preservação da memória e do património cultural e de lutar pela afirmação da sua identidade. Esta foi a mensagem deixada pelo presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, durante o seu discurso no Dia da Cidade de Abrantes, feriado municipal, celebrado a 14 de Junho, na Praça Raimundo Soares.

Na cerimónia, este ano mais simples que o habitual devido às restrições resultantes da pandemia, foram homenageados os trabalhadores do município com 25 anos de serviço e os que se aposentaram. O ensino também mereceu um destaque especial com a atribuição da Medalha de Mérito Municipal aos Agrupamentos de Escolas Nº 1 e Nº 2 de Abrantes, Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e Centro Local de Aprendizagem de Abrantes –Universidade Aberta.

Para Manuel Valamatos foi uma forma de homenagear a “grande resiliência, competência e capacidade de adaptação pela comunidade escolar neste período de excepcional dificuldade como a que vivemos”.

A cerimónia, que começou com o hastear das bandeiras ao som do hino nacional interpretado por Salomé Silveira, acompanhada à guitarra portuguesa por João Vaz, prosseguiu com a inauguração da nova museografia da Igreja de Santa Maria do Castelo - uma intervenção para valorização do edifício monumento nacional e do património integrado no seu interior, que resulta de um investimento de 325 mil euros, apoiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional em 275 mil euros.

Na igreja, construída dentro do castelo da cidade no século XIII, está integrado o Museu Regional D. Lopo de Almeida, musealizado como Panteão dos Almeida, passa a integrar a rede de museus de Abrantes.
O Panteão dos Almeida abriga vários túmulos, entre os quais os dos condes de Abrantes (séculos XV e XVI), destacando-se os túmulos em estilo gótico florido flamejante, uma estrutura retabular quinhentista, azulejos hispano-mouriscos, e exemplares de frescos ou pinturas murais do século XVI.