A exposição atraiu muitos visitantes e muita demonstração de interesse na aquisição das obras.

O Jardim da República, em Santarém, foi o palco escolhido pelos 28 alunos finalistas do curso de Artes Visuais, da Escola Secundária Doutor Ginestal Machado, para apresentarem uma exposição de arte, que se realizou durante todo o dia de segunda-feira, 14 de Junho. Mais de uma centena de obras de arte fizeram as delícias dos muitos visitantes, alguns turistas, que demonstraram muito interesse na aquisição das peças.

Filipa Madeira, uma das alunas coordenadoras do projecto, explicou a O MIRANTE que essa não era a ideia inicial, mas que o interesse de algumas pessoas vai obrigar a vender algumas obras na próxima exposição. “É a melhor recompensa pelo trabalho que tivemos durante um ano lectivo inteiro. Também fomos convidados por uma associação para realizar uma nova exposição e isso deixa-nos muito felizes”, afirma com um sorriso no rosto.

O confinamento, que obrigou o país a parar por duas vezes, foi um dos factores que ajudou ao processo artístico dos alunos da Ginestal Machado; a liberdade criativa e autonomia foram garantidas pelas professoras Maria Carvalho e Natália Santos. “O ano passado fizemos algo parecido, mas dentro de um espaço fechado. Este ano quisemos trazer a arte à rua e mostrar a mais pessoas a qualidade dos nossos alunos”, explicam.

A pintura, a colagem e o desenho preencheram um espaço do Jardim da República onde se viram obras que fazem adivinhar muito talento. Filipa Madeira sublinhou isso mesmo na conversa com O MIRANTE, dizendo que a escola forma bons alunos e é um lugar desafiante para quem quer seguir a via das artes.

“A arte não tem um carácter unicamente estético, tem que ter uma mensagem e foi isso que tentamos fazer e mostrar nesta exposição. Olho para o trabalho dos meus colegas e para o meu e vejo várias formas de expressão e pontos de vista. Isso é a verdadeira arte”, afirma a estudante.

Filipa Madeira tem 18 anos, é apaixonada por pintura e teatro e diz que vai continuar a trabalhar para mostrar ao público os seus dotes. O próximo passo é ingressar numa licenciatura além fronteiras. “Se tudo correr bem vou para Itália ou para os Países Baixos. Os sonhos não têm fronteiras e asas não me faltam para voar”, diz.