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João e Fátima Parente já deram sangue mais de 160 vezes 
João e Fátima Parente já dão sangue há mais de 30 anos

João e Fátima Parente já deram sangue mais de 160 vezes 

João Parente deu sangue 103 vezes até ter atingido o limite de idade. A esposa, Fátima, já vai em 64 dádivas e pretende continuar até a idade o permitir. A O MIRANTE, o casal diz sentir dever cívico de ajudar quem precisa.

Na parede da sala de João e Fátima Parente estão afixados os vários diplomas que assinalam algumas dádivas de sangue em que participaram. Num dos móveis está uma gota de sangue em cristal oferecida pelo Grupo de Dadores de Sangue de Pernes a João Parente quando realizou a centésima dádiva.

Aos 66 anos João já não pode dar mais sangue por ter atingido o limite da idade, mas sente que cumpriu a sua missão e o seu dever. “Sempre defendi que quem tem saúde deve contribuir para ajudar quem precisa. Comecei a dar sangue porque percebi que havia muita gente doente ou que tinha acidentes e precisava de ajuda. Esta é a minha forma de ajudar quem mais precisa”, afirma a O MIRANTE.

João Parente contribuiu com o seu sangue 103 vezes, mas foi por influência da sua esposa que iniciou este percurso. Começou por levá-la de carro às recolhas e, numa das vezes, por curiosidade, entrou e deu sangue. Sentiu-se bem e a partir daí nunca mais deixou de comparecer à chamada.

Fátima Parente, 65 anos, estreou-se nas dádivas de sangue em 1988 no Hospital Distrital de Santarém. Sempre achou que ao dar sangue estaria a fazer bem a si própria, assim como a ajudar os outros. Já participou em 64 dádivas mas compareceu a muitas mais, só que algumas vezes foi traída pela saúde.

“Uma vez sentia-me bem e fiz todos os procedimentos, até que o médico me mediu a tensão. Tinha a tensão arterial a 20 e mandaram-me para casa descansar. Esta situação aconteceu-me mais algumas vezes. Sempre que posso dar sangue sinto-me feliz e com a sensação de dever cumprido. Estou sempre à espera que passem os quatro meses para poder voltar a participar em mais uma dádiva”, sublinha Fátima Parente, que todos os anos participa na recolha de sangue patrocinada por O MIRANTE desde 2006.

Mesmo com a pandemia, João e Fátima Parente deram sangue e elogiam a organização porque o que não faltou foram as condições de higiene e segurança. O casal alerta para a necessidade de que as reservas de sangue estejam em níveis considerados normais. “O Verão é considerada uma época em que é preciso mais sangue porque, estatisticamente, ocorrem mais acidentes de viação”, asseguram.

João Parente refere, em jeito de brincadeira, que todo o sangue que deu ao longo da vida dava para encher um barril de 40 litros. O casal aplaude a medida que voltou a isentar os dadores das taxas nos hospitais, situação que tinha deixado de acontecer quando a troika “tomou as rédeas do país”. O filho, Cassiano, de 41 anos, que assistiu à conversa com O MIRANTE, tem-se sentido sensibilizado com o acto dos pais e como João Parente já não pode participar, está a pensar começar a fazê-lo. “É um dever cívico e acho que na próxima dádiva vou participar”, afirma.

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