A revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Tomar conheceu um dos últimos capítulos de um processo que dura há cerca de duas dezenas de anos. O executivo municipal aprovou por unanimidade, na sessão camarária de 30 de Agosto, a versão final do documento que traduz, entre outras alterações, uma redução bastante significativa da área urbanizável do concelho, significando que muitos dos terrenos disponíveis para construção vão deixar de estar.

Hugo Cristóvão, vice-presidente do município, mostrou-se satisfeito pela conclusão de um processo que envolveu dezenas de entidades e onde foi difícil chegar a um consenso. “O trabalho da câmara municipal está fechado. Este documento, pela sua complexidade, nunca é unânime e pacifico de chegar a um entendimento. Contudo, está concluído e agora só precisa de deliberação da assembleia municipal para ser publicado em Diário da República”, disse.

A versão final foi debatida e decidida numa reunião entre a Câmara de Tomar, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Recorde-se que o vice-presidente referiu, em sessão camarária de há um ano, que desde que o documento final foi entregue pelo município, em 2016, foram realizadas dezenas de reuniões com diversas entidades estatais e que o conjunto de imposições e regras obrigaram a ter um PDM que “não é condizente com aquele que o município pretendia apresentar”.