Subsídio para Tertúlia Festa Brava de Azambuja gera controvérsia
Colectividade pediu 1.400 euros para comprar medalhas para homenagear pessoas e instituições nos festejos do seu aniversário. Oposição achou “inacreditável” mas a maioria socialista aprovou.
O subsídio pontual que a Câmara de Azambuja vai atribuir à Tertúlia Festa Brava para a celebração dos seus 75 anos de vida gerou controvérsia na última reunião do executivo municipal e mereceu críticas da oposição. Em causa está o pedido de apoio da colectividade no valor de 1.400 euros para a aquisição de 80 medalhas para homenagear pessoas, instituições e organizações, no âmbito dos festejos.
Para o vereador do PSD Rui Corça, que votou contra a proposta, não faz sentido o município financiar a compra de presentes para a colectividade oferecer a outros. “Se quiserem agraciar seja quem for que o façam por recursos próprios. Para fazer flores com o dinheiro dos outros não contem com o PSD”, disse, ressalvando que tem “o máximo respeito pela história e actividade da tertúlia” e que sempre esteve e estará disponível para apoiar as suas actividades.
O vereador da CDU David Mendes não votou contra, mas absteve-se “por respeito a algumas pessoas” que fazem parte da colectividade. Considerou, no entanto, que por se tratar da comemoração do aniversário, que acontece todos os anos, não pode ser pedido um apoio pontual. “Esta tertúlia vem sempre pedir dinheiro para o seu aniversário. Acho inacreditável. Para que servem as quotas?”, questionou.
A vereadora do PSD Maria João Canilho não participou na votação por pertencer aos órgãos sociais da Tertúlia Festa Brava. A proposta para atribuição do subsídio foi aprovada com os votos favoráveis da maioria socialista.