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Bovinos à solta destroem hortas em Secorio
Moradores queixam-se da destruição das culturas agrícolas e da passividade das autoridades

Bovinos à solta destroem hortas em Secorio

Bovinos andam a invadir propriedades e a alimentar-se das pequenas hortas na freguesia de Moçarria. A população está desesperada e exige uma solução ao ganadeiro Manuel João Correia, que já esteve envolvido numa polémica na quinta de Mata o Demo por causa de um portão que impedia o acesso de uma vizinha à sua habitação.

As hortas de vários habitantes de Secorio, concelho de Santarém, têm vindo a ser destruídas por animais bovinos de uma exploração da zona, que saem da propriedade e entram nos terrenos dos vizinhos. Na madrugada de 28 de Setembro, António Jacinto, reformado, ficou sem mais de seis dezenas de couves e outras hortícolas que eram uma ajuda ao sustento da família.

Segundo alguns populares que se têm deparado com a destruição das suas hortas a situação acontece porque não há uma vedação eficaz para manter a manada, de cerca de quatro dezenas de bovinos, confinada à Quinta do Graínho. Os animais invadem as hortas durante a noite e a situação já se passa há cinco dias, segundo as pessoas afectadas. “É couves, batatas-doces, abóboras e tomate. Fiquei sem nada, não posso continuar a ter este prejuízo”, diz a O MIRANTE António Guedes enquanto observa o rasto de destruição deixado pelos animais.

O dono do gado, Manuel João Correia, garante que o problema vai ficar resolvido e diz-se disponível para assumir os prejuízos. “Os animais passavam por um sítio que não tinha vedação, mas já foram postas cancelas”, assegurou o ganadeiro, que também é proprietário da ganadaria de gado bravo Mata o Demo, onde esteve envolvido num conflito com uma vizinha por causa da colocação de um portão que impedia o acesso da moradora.

O que tem acontecido, argumenta António Guedes, é um dos empregados deslocar-se de manhã aos terrenos para recolher o gado que anda à solta, para na noite seguinte voltar a acontecer o mesmo. “Não têm nada que comer onde estão e é por isso que vêm alimentar-se nas nossas hortas”, acrescenta.

Maria de Lurdes Martins e o filho é outra das seis famílias que ficaram praticamente sem a pequena produção. José Correia queixa-se da passividade das autoridades, que “têm recebido queixas atrás de queixas e nada fazem”. O MIRANTE contactou a GNR para tentar obter informações adicionais, mas não obteve resposta até à data de fecho desta edição.

Bovinos à solta destroem hortas em Secorio

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