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Instalações do CIRE de Tomar encerradas por falta de segurança
Não há condições de segurança nas instalações do CIRE

Instalações do CIRE de Tomar encerradas por falta de segurança

As instalações da valência para crianças e jovens do Centro de Integração e Reabilitação de Tomar foram encerradas pela Protecção Civil devido a problemas de infra-estruturas. Célia Bonet, presidente da instituição, diz que as deficiências existem há vários anos nesse imóvel municipal e que a autarquia tem ignorado os vários pedidos de ajuda.

As instalações do Centro de Reabilitação e Integração (CIRE) situadas na Rua Dona Maria Iide, em Tomar, foram encerradas pela Protecção Civil municipal por falta de segurança. Esse espaço, propriedade do município, recebia 15 crianças e jovens, a maioria deles com deficiências profundas, no âmbito das actividades extra-curriculares. Os utentes foram transferidos para as instalações do antigo Centro de Acolhimento Temporário (CAT), pertença da Santa Casa da Misericórdia de Tomar.

A situação ocorreu há cerca de um mês e até ao momento nada mais se sabe sobre o futuro das instalações e dos utentes, excepto que, segundo o vice-presidente do município, Hugo Cristóvão (PS), a autarquia vai tentar “resolver da melhor forma possível o problema”, pois o edifício é propriedade da câmara.

Célia Bonet, presidente do CIRE e vereadora pelo PSD, diz que a situação se arrastou no tempo e que era expectável que algum dia as instalações cedessem. A O MIRANTE, a dirigente conta que depois de terminarem as férias escolares os funcionários da instituição detectaram alguns vidros e paredes rachadas, o chão abatido e uma parte do tecto falso também tinha cedido.

Imediatamente ligaram para a Protecção Civil de Tomar para não correrem riscos tendo a entidade optado por encerrar as instalações por questões de segurança. “Estamos plenamente de acordo com o encerramento das instalações. A única coisa que custa é que prometeram que viria um engenheiro visitar o espaço e já passou um mês e ainda ninguém apareceu”, lamenta.

Célia Bonet refere que há cerca de dois meses fez um pedido ao município para realizar algumas obras de melhoramento naquelas instalações uma vez que as mais recentes, onde está o Lar Residencial e o Centro de Actividades Ocupacionais (CAO), não têm capacidade para receber mais utentes.

“É triste ver que o município gasta dezenas de milhares de euros num torneio de hóquei que dura um fim-de-semana, mas não tem dinheiro para apoiar na requalificação de um edifício que pode durar meio século e que contribui para servir a causa social no concelho de Tomar”, salienta, acrescentando que a instituição não tem capacidade financeira para suportar as despesas que as intervenções implicariam.

A presidente da instituição, que já leva mais de 40 anos de existência, revela ainda que somente a valência que estava nas instalações encerradas dá um prejuízo de cerca de 35 mil euros anuais ao CIRE. “É verdade que o Ministério da Educação suporta os custos com os professores que vão ali dar aulas. No entanto, tudo o resto é pago com o dinheiro da instituição, nomeadamente os técnicos, terapeutas, psicólogos, alimentação, instalações, entre outras despesas. Era importante sabermos que contamos com a autarquia para ajudar a realizar o nosso trabalho”, sublinha.

Contactada por O MIRANTE, Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, diz que a autarquia não aceitou o pedido de apoio de Célia Bonet porque “não reconheceu bom-senso para apoiar aquela associação neste momento, em detrimento de outras que também estão em lista de espera”. E relembrou que a autarca do PSD sempre contestou os apoios camarários às associações por falta de regulamentos e de critérios específicos.

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