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Tomar é a cidade mais bonita da nossa região

Tomar é a cidade mais bela e bem frequentada da nossa região. Passei lá uma boa parte do dia de domingo a trabalhar e a viver as emoções da noite eleitoral.

No dia das últimas eleições autárquicas escolhi Tomar para acompanhar os resultados das eleições autárquicas. Fui a meio da tarde para ir aos figos e para visitar, ainda com a luz do dia a fazer o pino, a cidade e os seus recantos.

Tomar é a cidade onde todos gostávamos de viver ou de ter uma casa. Não é só a cidade que tem um encanto templário: à volta de Tomar há uma albufeira que faz toda a diferença com mil lugares de veraneio, de lazer e de excelência para passar o dia, o fim-de-semana ou até o resto da vida.

Tomar é a única cidade da região onde os restaurantes de qualidade se espalham pelas ruas da cidade, com as suas esplanadas, e os turistas, que não são os mesmos do Santuário de Fátima, se sentam com os olhos brilhantes de quem vê em cada estrela um milagre.

Já almocei e jantei na grande maioria dos restaurantes mas no domingo entrei pela primeira vez no espaço da sede da Nabantina onde o serviço foi demorado mas atencioso. Embora na cidade houvesse muitos restaurantes abertos, apesar de ser domingo, vi entrar e sair muitos clientes que não tiveram lugar apesar do espaço ter quatro salas, algumas delas bem espaçosas.

Sou de uma terra com metade das casas a cair, de costas voltadas para o Tejo, quase sem restaurantes, onde vivem cada vez menos almas e o que sobra são igrejas embora estejam quase sempre de portas fechadas como acontece com a mais bonita de todos situada no miradoiro de Igreja de Nossa Senhora do Pranto. Tomar tem mais vida na Rua da Corredoura, a um domingo ao fim da tarde, que a Chamusca durante toda a semana em todas as ruas.

Nos últimos anos tenho vivido mais em Lisboa e em Santarém do que na Chamusca ou em Tomar ou em Alhandra, onde também gosto de sentir a vida a passar. No domingo percebi melhor a importância de morarmos numa cidade com identidade, que não a grande Lisboa, onde nos perdemos; nem a Chamusca ou Santarém, onde todos olham para os nossos sapatos e vêem as solas rotas quando não se dá o caso de as verem forradas a ouro.

Há muito tempo que não ajudava a coordenar um trabalho em noite de eleições; há muito tempo que não saía à rua em trabalho, com o fato de repórter, e escrevia em cima do joelho e directamente no telemóvel, que é hoje a grande ferramenta de um jornalista. Não esqueci, entretanto, como se trabalha na rua, mas percebi melhor que agora é muito mais fácil mostrar trabalho do que antigamente. Tudo acontece muito mais rapidamente e à frente do nosso nariz. No domingo consegui trabalhar até às três da manhã em toda a área de abrangência de O MIRANTE, a partir de Tomar e de Abrantes, sabendo que éramos duas dezenas de profissionais a fazerem o melhor que sabem, que é o jornalismo de proximidade.

Este texto tem alguns dias no computador, quase tantos como os que já lá vão depois das eleições. A esta distância vale a pena acrescentar à crónica que soube de muitas candidaturas, de todos os partidos, que não saíram à rua para fazerem campanha eleitoral. Há pessoas em que os partidos confiam que acham que ganham eleições sem baterem às portas, sem saírem da sua rua ou da sua cidade ou aldeia. Percebe-se pelos resultados que houve candidatos que acharam que ganhavam eleições pelos seus lindos olhos; Daí as muitas surpresas destas eleições. Daqui a quatro anos veremos quem tem obra para mostrar e quem já começou a construir alternativas na oposição. JAE.

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