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Carteiros de Santarém desconvocam greve após compromissos da empresa
Greve dos carteiros dos Centro de Distribuição Postal de Santarém prossegue nesta primeira semana de Outubro

Carteiros de Santarém desconvocam greve após compromissos da empresa

O braço-de-ferro entre os trabalhadores dos CTT de Santarém e a empresa está suspenso, mas a luta pode voltar de 18 a 29 de Outubro com uma greve parcial de duas horas diárias, se a administração não avançar com a resolução dos problemas.

Os trabalhadores dos CTT de Santarém decidiram na segunda-feira, 4 de Outubro, desconvocar a greve marcada para esta semana, após receberem o compromisso do conselho de administração da empresa de resolver os problemas relativos às condições de trabalho.

Em declarações à agência Lusa, a dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), Dina Serrenho, disse que a decisão de desconvocar a greve marcada para quarta, quinta e sexta-feira foi tomada em plenário de trabalhadores. Uma reunião realizada após a visita de representantes do conselho de administração dos CTT às instalações do centro de distribuição de Santarém, em que “reconheceram que o espaço físico não está nas melhores condições e reconheceram também que há necessidade de rever as voltas - os giros, como lhes chamam - para assegurar um serviço público de qualidade às populações”.

Neste momento, o braço-de-ferro entre os trabalhadores dos CTT de Santarém e a empresa está suspenso, mas a luta pode voltar no próximo dia 18 e até 29 de Outubro com uma greve parcial de duas horas diárias, isto se o conselho de administração não avançar com a resolução dos problemas.

Por mais meios humanos e contra a falta de condições das novas instalações, estes trabalhadores dos CTT já cumpriram três semanas de greve parcial, entre 8 e 30 de Setembro, com uma paralisação de duas horas diárias, entre as 08h30 e as 10h30, que teve “algum impacto” na distribuição de correio, indicou fonte oficial dos CTT, em resposta escrita à agência Lusa.

Sobre a falta de recursos humanos, Dina Serrenho referiu que as instalações albergam trabalhadores de Alpiarça, Almeirim e Santarém, e que há cerca de oito anos existiam mais de 70 funcionários e neste momento são 42.

“As zonas não encolheram, pelo contrário, a desculpa que a empresa dá é que a carta, a simples carta, desapareceu em troca dos ‘emails’ que começaram a ser trocados, mas a verdade é que temos outro tipo de objectos que demoram muito mais a entregar e têm um tratamento diferente do que a carta, nomeadamente o expresso e as encomendas”, alertou a sindicalista, referindo que neste momento são necessários mais 12 trabalhadores. “A esperança aqui e a vontade aqui é que a empresa também reconheça isso e que, até ao dia 17, resolva este problema”, apontou Dina Serrenho.

Na semana passada, a empresa já tinha reiterado que “os recursos afectos ao Centro de Distribuição Postal (CDP) de Santarém são os necessários à organização, estando, no entanto, em discussão e análise com as entidades representativas dos trabalhadores eventuais medidas sobre esta situação”.

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