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Casas em mau estado motivam queixas em VFX
Infiltrações nas paredes estão a prejudicar a vida dos moradores que pagam renda e não estão a conseguir ver os seus problemas resolvidos (foto DR)

Casas em mau estado motivam queixas em VFX

É um problema recorrente que, diz quem ali vive, tem sido ignorado pela cooperativa de habitação económica que é dona dos imóveis. Queixas duram há anos e os problemas persistem.

Quem vive no bloco habitacional da Rua António Sérgio, em Vila Franca de Xira, não consegue esconder a revolta pela degradação dos apartamentos que, dizem, há anos não recebem manutenção pela cooperativa de habitação económica que é dona dos imóveis.

A casa de José Nunes é uma delas. Sem contar com as fendas que estão um pouco por todo o lado, as paredes dos quartos estão repletas de infiltrações que fazem cair o estuque e a tinta e geram fungos nocivos para quem tem problemas respiratórios. “Num dos quartos já tive de deixar de dormir e, no outro, apesar de o ter pintado, as infiltrações continuam”, lamenta José a O MIRANTE.

Já se queixou à dona dos imóveis, a cooperativa Promocasa, que lhe respondeu que se trata de uma “qualquer anomalia proveniente de outra parede interior da habitação, não se tratando de entrada de água pela estrutura ou outra causa exterior na habitação”. O problema, como mostrou José Nunes ao nosso jornal, é que a parede onde estão os problemas está numa parede virada para a rua e não tem janela, logo não tem outras fontes de infiltração senão o exterior. “Nem cá vieram ver nada”, lamenta. José e a esposa, Maria, vivem na habitação há 14 anos.

A vizinha, Isa Tavares, confirma o desagrado pela falta de limpeza e manutenção das casas e dos espaços exteriores. “Nunca arranjaram nada nos prédios. Temos infiltrações, humidades dentro das casas, trincos que não fecham e as caves que deveriam ser para as pessoas estão cheias de mato e a acumular bichos”, lamenta.

Também as pedras dos parapeitos estão a separar-se e a cair na via pública. O elevador do prédio está avariado há mais de meia década, obrigando quem vive nos pisos superiores e se move em cadeira de rodas a pedir ajuda aos bombeiros sempre que precisa de descer à rua. Não há limpeza nas escadas e as ervas não são limpas.

“É uma situação desumana. Se a Promocasa é a dona das habitações e recebe as nossas rendas deveria ao menos cuidar e reparar as casas. É o mínimo que se pede”, lamentam os moradores. As rendas pagas pelos moradores variam consoante os rendimentos dos diferentes agregados familiares. Vivem cerca de três dezenas de famílias no edifício. Os problemas de degradação daquele bloco habitacional não são novos e têm-se agravado com o passar dos anos. Já em 2010 vários moradores do edifício se queixavam de problemas semelhantes ao nosso jornal. Nessa altura, como hoje, a Promocasa não respondeu às questões de O MIRANTE sobre o assunto.

O complexo habitacional foi construído no final de 2007 para realojar os ocupantes do antigo bairro clandestino da Pedra Furada, próximo das piscinas municipais. Como a habitação não é do município este limita-se a reportar à Promocasa algumas das queixas que os moradores lhe fazem chegar sobre a degradação das casas.

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