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Pais exigem construção de nova escola em Samora Correia

Sobrelotação na Escola Básica 2/3 de Samora Correia já era evidente antes da chegada do ensino secundário. Pais reclamam políticas educativas que não sejam reactivas e lembram que também faltam creches.

Com a chegada do ensino secundário a Samora Correia os problemas de falta de espaço na Escola Básica 2,3 Professor João Fernandes Pratas, em Samora Correia, tornaram-se ainda mais evidentes, mas há muito que eram uma realidade. Quem o diz é o presidente da Associação de Pais de Samora Correia, Luís Gonçalves, que diz ser imperiosa a construção de uma nova escola nessa freguesia do concelho de Benavente.

“Samora Correia está em contra-ciclo relativamente ao território nacional, ou seja, está a crescer em população, mas sem que tenha uma estrutura educativa suficiente para responder às necessidades dos alunos”, diz o responsável a O MIRANTE, em reacção à notícia publicada em edição anterior, em que o presidente do município, Carlos Coutinho, também reconhece a necessidade de construção de uma nova escola.

Mas reconhecer este problema, acrescenta Luís Gonçalves, não é o mesmo que admitir que a abertura do secundário foi uma má opção. Pelo contrário, se Samora Correia continuasse sem este ensino as oito turmas existentes teriam que procurar oferta fora do município, porque [a Escola Secundária de] Benavente não teria espaço para as albergar.

Segundo a associação de pais, o que acontecia antes de o Ministério da Educação aprovar a abertura deste tipo de ensino na freguesia de Samora Correia, a mais populosa do concelho, era a fuga para concelhos vizinhos de 50 por cento dos alunos que transitavam para o secundário. “Sobretudo para Salvaterra de Magos e Vila Franca de Xira”, vincou.

Relativamente à deslocação de alunos residentes em Samora Correia para a Escola Básica do Porto Alto, Luís Gonçalves, garante que já estava em cima da mesa essa hipótese antes da chegada do secundário. “A escola do Porto Alto estava sub-aproveitada e a de Samora Correia sobrelotada. Admito que possa haver constrangimentos para os pais, mas não tenho dúvidas que esta mudança veio beneficiar os alunos que se mudaram para uma escola onde têm melhores condições”, refere.

Faltam creches, ATL e políticas educativas

Outras das necessidades prementes são a implementação de creches para bebés e crianças até aos três anos e de um centro de Actividades de Tempos Livres (ATL). “Não há uma única vaga para infantário, as listas de espera são longas e só temos uma IPSS e uma ama acreditada na freguesia”, evidencia Luís Gonçalves.

Para a associação de pais não existe solução que não passe pela revisão da carta educativa e políticas municipais que “sejam pro-activas ao invés de serem reactivas” e pensadas como um todo para os dois agrupamentos de escolas do concelho.

Para Luís Gonçalves, quando muitos reclamam a paternidade do secundário em Samora Correia ignoram que a sua vinda se deveu a um projecto do agrupamento de escolas em articulação com a associação de pais. “Fomos nós quem falou com a [na altura] secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, e que pagamos do nosso bolso quatro mil euros em material e mobiliário de laboratório para equipar as salas do secundário”, disse.

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