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Zona Industrial de Minde é um depósito de lixo
Zona Industrial é um vazadouro a céu aberto onde apenas laboram duas empresas

Zona Industrial de Minde é um depósito de lixo

A Zona Industrial de Minde custou perto de milhão e meio de euros ao município de Alcanena. Mais de uma década depois da sua inauguração é um depósito de lixo a céu aberto onde apenas se instalaram duas empresas. Município tenta agora atrair investimento baixando drasticamente o preço dos lotes.

A Zona Industrial de Minde nasceu como uma medida para atrair empresas, emprego e impulsionar o desenvolvimento económico do concelho de Alcanena, mas nunca conseguiu posicionar-se no mapa empresarial da região. A área de localização empresarial custou perto de um milhão e meio de euros ao município, mas apenas dois dos 15 lotes infra-estruturados foram ocupados por empresas. Na vila olha-se para a infra-estrutura como um sumidouro de dinheiros públicos que nunca trouxe qualquer retorno para a população.

Numa tentativa de acabar com um elefante branco coberto de vegetação, que serve de vazadouro de lixo a céu aberto, a Câmara de Alcanena baixou drasticamente o preço dos lotes, de 35 euros por metro quadrado para 15 euros e, mais recentemente, para 2 euros. Uma medida necessária e “muito ponderada”, diz a O MIRANTE a ainda presidente do município, Fernanda Asseiceira, tendo em conta o “desinteresse na zona industrial”. A hasta pública está marcada para 26 de Outubro e, acrescenta a autarca que deixa em breve as lides, “há interessados” que já apresentaram a sua candidatura.

A Zona Industrial de Minde começou a ser construída em 2007 durante a governação autárquica do ex-presidente Luís Azevedo (ICA). Foi já depois de as obras terem arrancado que o município soube que ia ter que gastar quatro vezes mais pela expropriação de 26 lotes de terrenos por utilidade pública. Ao todo, o Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território autorizou, na altura, a expropriação a pedido da câmara municipal de 49 parcelas de terreno privadas.

Fernanda Asseiceira reconhece que aquela infra-estrutura “não nasceu na melhor localização” e por esse motivo nunca conseguiu despertar interesse para a fixação de empresas.

Descarga de entulho passa impune ao longo dos anos

Os despejos ilegais de entulho, nomeadamente de resíduos de construção e demolição, são um problema recorrente e de difícil solução na Zona Industrial de Minde que fica muito perto do Parque Natural de Serra D’Aire e Candeeiros. Nalguns dos lotes são visíveis montes de entulho espalhados que continuam a crescer sem que os prevaricadores sejam apanhados e responsabilizados.

“Somos muitas vezes confrontados com este tipo de situações que não se compreendem uma vez que existem contentores próprios e um serviço de recolha porta a porta (se solicitado)”, diz Fernanda Asseiceira.

De acordo com a legislação em vigor, quem for apanhado a despejar entulhos arrisca sanções entre os 20 e os 200 mil euros e para empresas entre os 30 e os 300 mil euros.

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