uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

CNA pede distribuição mais justa de ajudas europeias para a agricultura

Confederação Nacional da Agricultura argumenta que 90% dos beneficiários vão receber 30% dos apoios do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pediu uma distribuição mais justa das ajudas do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) 2023-2027, argumentando que 90% dos beneficiários vão receber 30% dos apoios. “Para nós é fundamental que esta distribuição das ajudas seja mais justa e que as ajudas sejam efectivamente a quem produz”, defendeu Laura Tarrafa, no seminário digital “PEPAC: As Opções Nacionais”, promovido pela CNA.

Para Laura Tarrafa, há duas formas para que tal se concretize: “através do fortalecimento do pagamento distributivo” e do “regime dos pequenos agricultores”. A CNA diz ter defendido que as ajudas devem ser “modeladas e plafonadas”.

Em concreto, uma das propostas da CNA refere que os “animais devem ser pagos por escalões de número de animais atribuindo valores mais elevados aos escalões mais baixos”, assim como um “limite máximo de animais elegíveis por exploração”.

Laura Tarrafa defendeu também um regime de livre circulação para as candidaturas do pagamento a pequenos agricultores ao longo do programa assim como uma redução proporcional e um pagamento de montante único no valor de 1.250 euros ao invés do modulado por escalões de área.

De igual forma, reivindicou também um apoio complementar redistributivo através de escalões, divididos entre menores ou iguais a cinco hectares (230 euros por hectare) e entre 5 e 20 hectares (120 euros por hectare).

Laura Tarrafa propôs a inclusão das despesas com seguros de acidentes de trabalho e despesas de higiene e segurança no trabalho nos encargos sociais no campo da assistência técnica aos apicultores e organizações de apicultores.

Sobre os compromissos agroambientais a CNA pediu várias medidas como o aumento dos apoios para as culturas permanentes tradicionais, a contabilização do gado asinino para efeitos de encabeçamento nos montantes para montados e lameiros e a manutenção da medida constante no PDR2020 para a protecção do lobo ibérico.

O seminário virtual contou também com a intervenção do director do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), Eduardo Diniz, que detalhou a actual versão da PEPAC, que se encontra em segunda consulta pública até 6 de Dezembro.

Mais Notícias

    A carregar...