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Central de Cervejas despede 48 trabalhadores a um mês do Natal
Quatro dezenas de trabalhadores da Central de Cervejas de Vialonga vão perder o emprego

Central de Cervejas despede 48 trabalhadores a um mês do Natal

Sindicato critica despedimento e fala em posição cega da empresa para substituir colaboradores do quadro da empresa por outros de empresas de trabalho temporário. Trabalhadores vão juntar-se em protesto à porta da empresa no dia 25 de Novembro.

A Central de Cervejas e Bebidas de Vialonga, que produz marcas como a Sagres, Heineken e Água do Luso, vai despedir 48 trabalhadores a um mês do Natal por via de um despedimento colectivo. Por esse motivo os trabalhadores vão juntar-se em protesto à porta da empresa no dia 25 de Novembro, já depois da data de fecho desta edição de O MIRANTE.

São sobretudo trabalhadores afectos ao sector interno de logística da empresa. Rui Matias, do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), diz a O MIRANTE que o despedimento é cego e desprovido de sentido e mostra-se muito preocupado com o futuro dos restantes trabalhadores da Central de Cervejas. “É uma estratégia errada da empresa substituir trabalhadores do quadro por trabalhadores com vínculos precários de empresas externas. Está a existir uma reestruturação cega da empresa que pode chegar a todos os trabalhadores e é disso que temos medo”, alerta o sindicalista.

O SINTAB já se reuniu com a administração da empresa mas Rui Matias diz que o despedimento “está consumado” e é irreversível. “A nossa luta é para que estes despedimentos não aconteçam com os restantes trabalhadores”, explica, afiançando que a maioria dos trabalhadores está solidária com os colegas que foram despedidos. “Estamos muito preocupados. Neste momento é muito difícil ser trabalhador da Central de Cervejas. Ninguém vai para casa descansado”, afirma.

No lote de trabalhadores despedidos há quem tenha várias décadas de serviço na empresa mas também jovens com poucos meses de trabalho. “É preocupante. Vão ser despedidos e não têm trabalho. Isto não é digno”, lamenta Rui Matias.

Contactada por O MIRANTE, a empresa remeteu esclarecimentos para momento posterior à greve marcada pelos trabalhadores. A marca cervejeira holandesa Heineken, que em Portugal controla a fábrica de Vialonga, já tinha anunciado em Fevereiro a intenção de despedir oito mil pessoas em toda a sua operação, na sequência de um plano de reestruturação lançado em Outubro pelo grupo. A poupança anunciada pela produtora de cerveja permitirá poupar dois mil milhões de euros até ao final de 2023.

Central de Cervejas despede 48 trabalhadores a um mês do Natal

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