Um inquérito realizado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) revela que 48 % das empresas assumem que já estão na fase de retoma. Mas, indica também o estudo, 43% estimam resultados líquidos negativos no exercício de 2021. Das empresas que estão em retoma a maior parte são grandes e médias empresas.

Segundo a AIP, 14% das empresas encontram-se ainda num contexto recessivo e 38%, sobretudo pequenas empresas e do sector industrial, estão em fase de transição. Metade das empresas inquiridas consideram prematuro o fim das moratórias e do diferimento do pagamento de impostos e contribuições.

No exercício de 2021, refere ainda a associação, 38% das empresas estimam redução do EBITDA e 43% dos resultados líquidos. Quase metade das empresas (46%) enfrentam redução das margens de comercialização. Quanto ao impacto do Plano de Recuperação e Resiliência são as grandes empresas que revelam ter expectativas elevadas ou moderadas.

A carga fiscal, os custos com combustíveis, energia e custos com pessoal são factores considerados com mais impacto no desempenho das empresas. A AIP sublinha ainda que no sector industrial, nas médias empresas, os factores de grande relevância são a rigidez do despedimento individual e o fim do banco de horas individual, o que não ocorre noutros sectores e em empresas de outra dimensão.