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Custo do arquivo da Chamusca sobe para 1,5 milhões em seis meses
O custo do projecto milionário para a construção do novo Arquivo Municipal da Chamusca encareceu meio milhão de euros em seis meses passando a custa 1,5 milhões de euros

Custo do arquivo da Chamusca sobe para 1,5 milhões em seis meses

A construção do novo arquivo histórico e municipal da Chamusca tinha um preço base de cerca de um milhão de euros, mas em seis meses o valor aumentou em cerca de meio milhão. A obra, que levou a PJ ao edifício da câmara, vai ser paga na totalidade pela autarquia.

O custo do projecto milionário para construção do novo Arquivo Municipal da Chamusca aumentou cerca de meio milhão de euros em seis meses. O lançamento do primeiro concurso para a empreitada ocorreu em Abril, mas o facto de não ter tido empresas interessadas e levou à revisão do preço base em alta, que passou para cerca de 1,5 milhões de euros, em vez do milhão inicialmente previsto. Recorde-se que o projecto, que levou, em Maio deste ano, a Polícia Judiciária (PJ) ao edifício da câmara, vai ser pago na totalidade pela autarquia, uma vez que não tem financiamento de fundos europeus.

Na última sessão camarária, que se realizou na terça-feira, 16 de Novembro, o executivo presidido por Paulo Queimado (PS) aprovou nova abertura de procedimento concursal. O programa de concurso publicado em Diário da República descreve o Arquivo Municipal da Chamusca como tendo “características museológicas, o qual contém salas de trabalho e de tratamento de peças para exposição ou para o arquivo, que fará cumprir as exigências impostas para imóveis com estas características permitindo assim que este desempenhe eficazmente as suas funções e se assuma, localmente, como uma referência, apostando na qualidade estética, ambiental e funcional”.

Até agora, estas são as únicas informações que existem uma vez que nas reuniões de câmara, Paulo Queimado evita falar do projecto. Um bom exemplo disso foi o autarca ter demorado meses a enviar aos vereadores da oposição os documentos e plantas depois da aprovação do projecto, situação que motivou muitas queixas por parte da vereadora Gisela Matias (CDU).

QUATRO MILHÕES PARA QUATRO PROJECTOS

Para além do arquivo municipal o município vai investir cerca de 2,5 milhões de euros na requalificação do Cais do Arripiado e de alguns troços viários na zona de Ulme. As aberturas de procedimento também foram aprovadas na última sessão camarária. O projecto da Envolvente Urbana ao Cais de São Marcos e Estabilização da Beira Rio, no Arripiado, levantou algumas dúvidas nos vereadores da oposição, Gisela Matias e Tiago Prestes (CDS-PSD), que optaram pela abstenção.

A empreitada na zona ribeirinha do Arripiado tem um preço base de cerca de 400 mil euros e um prazo de execução de 180 dias. A requalificação do troço da estrada entre Ulme e Semideiro tem um custo total estimado em 1,8 milhões de euros e um prazo de execução de 300 dias. A reabilitação da estrada municipal (EM 574) que liga a EN118 a Ulme vai custar cerca de 600 mil euros e tem um prazo de execução de 150 dias.

À Margem

Um projecto polémico que levanta suspeitas

O novo arquivo municipal, a par da requalificação urbana, que também teve os seus concursos desertos, é a grande aposta do presidente da câmara para o seu último mandato. No entanto, tem originado muita polémica devido à falta de conhecimento público e por não se saber se o valor milionário para a sua realização é demasiado elevado para o que pretende ser o novo arquivo municipal.

Outra das questões que tem feito correr muita tinta, e que terá sido um dos principais motivos para a visita da PJ ao edifício dos Paços do Concelho, prende-se com o facto de um dos edifícios, antigo e degradado, onde vai ficar o arquivo, ter sido comprado por 80 mil euros ao vereador socialista Manuel Romão. A decisão polémica causou grande surpresa no meio chamusquense, principalmente devido ao anúncio da compra do prédio ter sido feito precisamente na reunião de câmara em que Manuel Romão participou pela primeira vez como vereador em regime de substituição do vereador Rui Ferreira, por este se encontrar de férias.

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