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Maioria no executivo da Chamusca continua a boicotar trabalho da oposição
Vereadora da CDU na Câmara da Chamusca, Gisela Matias, afirma que continua a ser recorrente a maioria socialista, liderada por Paulo Queimado, enviar documentação na véspera das reuniões de câmara

Maioria no executivo da Chamusca continua a boicotar trabalho da oposição

Vereadora Gisela Matias (CDU) queixou-se novamente de não receber atempadamente os pontos que vão para discussão nas reuniões de executivo. A autarca diz que para votar em consciência precisa de saber o que está em discussão e que não o consegue fazer se a documentação for enviada apenas na véspera.

A vereadora Gisela Matias (CDU) voltou a protestar contra a “falta de coordenação” entre o executivo da Chamusca, nomeadamente os vereadores socialistas e os serviços municipais, devido ao atraso constante no envio dos pontos que constam na ordem de trabalhos das reuniões camarárias. Segundo a autarca, continua a ser recorrente receber a documentação na véspera das sessões, situação que considera condicionar o seu trabalho e do vereador Tiago Prestes (PSD/CDS) como força de oposição à gestão de maioria socialista, presidida por Paulo Queimado.

“Agradeço, mais uma vez, que enviem a agenda da reunião de câmara atempadamente. Se receber os documentos na véspera não vou ter tempo para os estudar”, repetiu, acrescentando que não é aceitável que alguns eleitos na Assembleia Municipal da Chamusca já estejam a receber documentos que ainda não foram discutidos pelo executivo municipal.

A última vez que a vereadora criticou o mau trabalho dos serviços foi em Junho deste ano. Na altura, contactada por O MIRANTE, referiu que a situação é recorrente e que “limita” muito o seu trabalho. “Fui obrigada a ler os documentos à meia-noite do dia anterior, de rajada, e a preparar as intervenções com a minha equipa em cima do joelho”, lamentou.

A autarca sublinhou ainda que, por não ter conhecimento dos assuntos, opta muitas vezes por se abster na hora de votar. “Quatro anos depois do início do mandato é inaceitável que estas situações continuem a ocorrer”, vincou na altura a O MIRANTE.

À Margem

Os descendentes de Carrinho

A CDU foi poder na Câmara da Chamusca durante quase 40 anos; quando Sérgio Carrinho saiu, e o PCP perdeu a autarquia para o PS, tudo mudou no relacionamento pessoal e político com a população mas também com as instituições. Com Carrinho a autarquia tinha sempre a porta aberta aos munícipes, havia diálogo e respeito pela oposição, os políticos não se escondiam nos gabinetes. Com Paulo Queimado, que já vai no terceiro mandato, nada funciona e o respeito pelo trabalho dos vereadores da oposição vai ao ponto de os humilhar permanentemente. A alternância no poder só faz bem à democracia mas neste caso a Chamusca ficou a perder com os autarcas socialistas que bem podiam ter aproveitado o melhor que aprenderam com Carrinho. Oito anos passados não fazem Obra nem sabem comportar-se como gente de bem.

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