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Manutenção dos impostos municipais em Tomar não gera consenso no executivo
Anabela Freitas não cedeu à pressão do PSD para reduzir a carga fiscal

Manutenção dos impostos municipais em Tomar não gera consenso no executivo

PSD queria redução da carga fiscal tendo em conta a crise social e económica que o país continua a atravessar. Maioria socialista manteve posição e aprovou a manutenção das taxas para 2022.

O executivo municipal de Tomar está em desacordo relativamente à manutenção dos impostos municipais para 2022. Os quatro vereadores do Partido Socialista apresentaram uma proposta que visa a continuidade da política fiscal, nomeadamente em relação ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), Derrama e taxa de participação variável sobre o IRS (Rendimento das Pessoas Singulares). Os três vereadores social-democratas votaram contra porque consideram ser essencial reduzir a carga fiscal para fazer face às dificuldades sociais e económicas que a pandemia continua a provocar. Apesar dos argumentos do PSD a maioria venceu e as taxas praticadas este ano vão ser as mesmas do próximo ano.

O IMI vai manter-se nos 0,35% para prédios urbanos, com minoração da taxa para os agregados familiares com maior número de dependentes; famílias com um dependente têm uma redução fixa de 20 euros, dois dependentes de 40 euros, e três ou mais dependentes uma redução de 70 euros. Em relação à taxa de participação variável sobre o IRS vai fixar-se nos 5%.

A Derrama fixa-se numa taxa normal de 1,5% para empresas com volume de facturação superior a 150 mil euros, 0,75% do lucro tributável aplicável a empresas com volume de negócios inferior a 150 mil euros e isenção de Derrama para novas empresas sediadas no concelho de Tomar. Outra das medidas aprovadas foi o investimento de 50% da receita obtida em medidas de captação de novas empresas e melhoramento das condições das existentes devendo ser vertidas nas GOP de anos futuros.

Luís Francisco e Tiago Carrão, vereadores do PSD, intervieram para mostrar o seu desagrado em relação às medidas propostas pelo executivo, presidido por Anabela Freitas. Embora reconheça a importância dos impostos para a saúde financeira da autarquia, Luís Francisco afirmou não compreender porque não se aposta numa redução da carga fiscal tendo em conta a situação pandémica, que atenue as dificuldades financeiras das famílias e empresas do concelho. Para o autarca, a mudança na política fiscal é essencial para fixar e captar novas famílias e oportunidades de negócio tornando o concelho mais competitivo.

Por outro lado, Tiago Carrão foi mais específico referindo que as empresas que apresentem um volume de facturação inferior a 150 mil euros deveriam estar isentas do pagamento de Derrama. O autarca criticou ainda o facto de Tomar ser dos municípios com maior taxa de Derrama no Médio Tejo.

A proposta sobre a política fiscal do concelho de Tomar para 2022 vai ser deliberada na próxima assembleia municipal que se vai realizar em Dezembro.

Manutenção dos impostos municipais em Tomar não gera consenso no executivo

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