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Concursos públicos desertos preocupam Câmara de Alcanena

Falta de interesse das empresas obriga autarquias a abrirem os cordões à bolsa e a subirem o valor base das empreitadas.

O presidente da Câmara de Alcanena está preocupado com o reduzido interesse das empresas nos concursos públicos para obras dos municípios, situação que já se verifica há algum tempo e que tem obrigado a generalidade das autarquias a abrir os cordões à bolsa e a rever em alta o preço base das empreitadas por forma a atrair concorrentes.

A preocupação de Rui Anastácio acentua-se pelo facto de se estar numa fase em que há muitas obras em concurso ou para ser lançadas, fruto da confluência temporal de três programas de fundos comunitários: o Portugal 2020, prestes a terminar e com prazos apertados para a conclusão das empreitadas ao abrigo deste programa; o Portugal 2030, prestes a começar; e o Plano de Recuperação e Resiliência, que terá de ser executado até 2026.

Rui Anastácio, eleito pela coligação PSD/CDS/MPT, considera que há demasiadas empreitadas para pouca mão-de-obra e que os empreiteiros só escolhem as empreitadas que sejam financeiramente mais atractivas acabando por deixar outros concursos desertos, o que, segundo o autarca, vai fazer subir em flecha o preço das obras públicas.

O vereador socialista Hugo Santarém deixou fortes críticas à posição de Rui Anastácio dizendo que esta já era uma preocupação do antigo executivo, de maioria socialista, e que o PSD, então na oposição, criticou com veemência o aumento do custo das obras devido aos concursos ficarem desertos.

O debate decorreu durante a análise do orçamento da Câmara de Alcanena para 2022 durante a última reunião do executivo realizada a 14 de Dezembro.

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