Publicações postas a circular nas redes sociais relacionadas com os efluentes expedidos pela ETAR de Santarém para o meio hídrico levaram a empresa municipal Águas de Santarém a garantir que a exploração de todos equipamentos de elevação e tratamento de águas residuais é realizada no estrito cumprimento das condições definidas pela Agência Portuguesa do Ambiente e nas respectivas licenças de utilização dos recursos hídricos. Um processo que inclui “a monitorização e reporte da qualidade da água residual tratada no ponto de saída da referida ETAR, o que é feito com elevada regularidade”, diz a empresa em comunicado.

A Águas de Santarém refere que estando assegurada a qualidade da água tratada à saída da ETAR, não compete à empresa monitorizar posteriormente o seu curso a jusante do ponto de devolução da água ao meio hídrico. “Algumas vezes tem sido detectada a construção de represas ilegais na linha de água tratada, a jusante da ETAR, para aproveitamento agrícola, que destrói o curso normal da mesma, o que tem sido denunciado às autoridades competentes, como o foi, recentemente, ao SEPNA”, lê-se. A empresa municipal refere ainda que acompanha e, pontualmente, monitoriza a qualidade da água das linhas de água que recebem efluentes tratados nas suas ETAR. “Neste contexto, a sua intervenção é pautada apenas por informar as autoridades competentes sempre que detecta alguma actividade com impacto para a linha de água”, sublinha-se no comunicado.

A Águas de Santarém salienta que a recolha e tratamento de águas residuais no concelho tem beneficiado de avultados investimentos nos últimos anos, com um investimento acumulado na ordem dos 50 milhões de euros, e prepara-se para avançar com uma requalificação integral da ETAR de Santarém num investimento previsto de 10 milhões de euros.