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Aliança entre Chega, Bloco e PSD dá polémica em Abrantes
Autarca do BE Pedro Grave acabou por renunciar ao mandato na sequência da polémica fotoDR

Aliança entre Chega, Bloco e PSD dá polémica em Abrantes

Partidos de esquerda e direita formaram lista na eleição para representantes da Assembleia Municipal de Abrantes na Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Estrutura distrital do BE não gostou e o seu eleito em Abrantes renunciou ao mandato.

A eleição dos representantes da Assembleia Municipal de Abrantes na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) causou polémica tendo levado mesmo à renúncia ao mandato do único eleito do Bloco de Esquerda, Pedro Grave. Em causa está a apresentação de uma lista alternativa à lista do PS que envolveu BE, PSD, Chega e movimento independente alternativacom, numa aliança para alguns vista como contra-natura, como foi o caso da CDU que se demarcou dessa solução.

A votação determinou a eleição de dois eleitos de cada lista, ou seja, António Mor e Piedade Pinto (pela lista do PS), e João Fernandes (PSD) e José Rafael Nascimento (alternativacom), pela lista da oposição. Pedro Grave (BE) era o terceiro da lista da oposição e primeiro substituto nas ausências dos membros eleitos para aquela órgão.

Quem não gostou de ver um autarca do BE aliado ao Chega e ao PSD foi a concelhia de Abrantes e a distrital de Santarém do Bloco de Esquerda. “Não fomos consultados nem nos revemos em qualquer acordo formal ou informal com partidos de direita em qualquer contexto. O eleito Pedro Grave assumiu a sua exclusiva responsabilidade pela decisão e comunicou a renúncia ao mandato”, pode ler-se no comunicado da coordenadora distrital.

Em declarações à Lusa, Pedro Grave, 48 anos, membro da estrutura dirigente do BE no concelho de Abrantes e na coordenadora distrital de Santarém, lamentou aquela que diz ser uma situação que visava “o reforço de participação democrática plural” e que resultou num problema que assumiu ser de sua “inteira e única responsabilidade”.

A CDU, que recusou integrar a lista dos partidos da oposição por não se rever nesta situação e entender que “as populações nada teriam a ganhar com tal acordo para um lugar de segundo suplente”. No mesmo comunicado, a CDU acrescenta “estranhar que Rui Rio jure a pés juntos que o acordo feito nos Açores não se repetiria no continente (…) e que Catarina Martins acuse o PSD de dar a mão ao Chega, a quem acusa, e bem, de ser um partido racista e xenófobo, e que em Abrantes se façam estes acordos por um mero suplente numa comunidade intermunicipal”.

Distrital do BE critica acordo na freguesia de Alvega e Concavada

A Comissão Coordenadora Distrital de Santarém do BE afirmou no mesmo comunicado reprovar o acordo feito na Assembleia de Freguesia de Alvega e Concavada, concelho de Abrantes, que, num entendimento com o PSD, inviabilizou uma solução à esquerda com o PS, provocando eleições intercalares para aquela união de freguesias.

Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou no início de Dezembro, os eleitos do PSD e BE na Assembleia de Freguesia de Alvega e Concavada renunciaram ao mandato forçando a realização de novas eleições autárquicas naquela união de freguesias do concelho de Abrantes. Os socialistas, que ganharam as eleições por escassa margem e não têm maioria absoluta na assembleia de freguesia, propuseram um executivo da junta apenas com elementos do PS. PSD e BE votaram contra por também querer lugares no executivo. Refira-se que PS, PSD e BE têm três eleitos cada na assembleia de freguesia.

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