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Piscina de Calhandriz foi um investimento ruinoso

Encerrado há uma década por pouca procura da população o espaço tem o destino traçado e o seu futuro vai passar por outra funcionalidade.

Está selado o destino das antigas piscinas da Calhandriz: não vão voltar a ser um local para mergulhos, nem de água quente nem água fria. A garantia foi deixada pelo novo executivo municipal de Vila Franca de Xira, que se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto.

O espaço está encerrado há uma década devido à reduzida procura e tudo indica que será alvo de uma requalificação que o adapte para ser, por exemplo, uma escola ou um lar de idosos. Soluções essas que ainda estão em estudo e que, a concretizarem-se, poderão passar por parcerias com o movimento associativo local.

João Pedro Baião, vereador com o pelouro das Infraestruturas Municipais, diz que a aposta imediata é na construção das piscinas de Vialonga cuja obra deverá arrancar no próximo ano. Também as piscinas Baptista Pereira, de Alhandra, que passaram para as mãos da câmara no último ano, devem reabrir no primeiro quadrimestre de 2022 depois de sofrerem obras profundas de remodelação.

“Continuamos a dar oferta desportiva à população mas com localização inteligente e raciocínio. É preciso ter noção que não é apenas por existir um equipamento que em tempos foi uma piscina que ele terá de ser sempre uma piscina”, lembrou o autarca.

A CDU apresentou uma proposta em reunião de câmara exigindo o retomar das actividades regulares da piscina da Calhandriz por considerá-la factor de dinamização da localidade defendendo também que o município pudesse proporcionar aulas de aprendizagem de natação à comunidade sénior e aos alunos do primeiro ciclo. O documento acabou chumbado pelas outras forças políticas. David Pato Ferreira, da Coligação Nova Geração liderada pelo PSD, entende que o edifício não deve voltar a ser uma piscina mas sim um lar de idosos.

Situadas no Casal do Ulmeiro, na União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, as piscinas foram inauguradas em 2002 e custaram perto de 560 mil euros, resultantes de contrapartidas devidas ao município pelos impactos causados pela instalação do aterro sanitário de Mato da Cruz. Quando foram encerradas, em 2011, eram utilizadas semanalmente em média por 35 utentes de utilização livre e 70 de actividade enquadrada. Os utentes que ali praticavam natação foram encaminhados para as piscinas de Alverca.

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