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Morte de menino de 14 meses deixa em choque população de Alpiarça
Raúl D'Avó Neto tinha 18 meses quando foi atropelado acidentalmente pelo avô no quintal de casa em Alpiarça fotoDR

Morte de menino de 14 meses deixa em choque população de Alpiarça

O menino Raúl D’Avó Neto estava a brincar no quintal quando se deu a tragédia. O Avô, pilar da família e bombeiro na corporação da vila, atropelou-o acidentalmente quando estacionava a carrinha. Bombeiros e câmara municipal estão a prestar apoio à família tendo a autarquia disponibilizado apoio psicológico.

Centenas de pessoas consternadas despediram-se de Raúl D’Avó Neto, o menino de 18 meses que morreu atropelado pelo avô que estava a fazer marcha atrás para arrumar a carrinha no quintal e não viu o neto. A família está desfeita e o caso deixou a população de Alpiarça em choque pela tragédia desta família, que é conhecida e respeitada na vila. O menino era a grande alegria dos pais e do avô, que é bombeiro sapador há três décadas na corporação de Alpiarça. A criança vivia com a mãe, auxiliar na Escola José Relvas, e com os avós maternos.

Assim que soube da situação o comandante dos Bombeiros de Alpiarça, Hugo Teodoro, deslocou-se para o local e a presidente da câmara, Sónia Sanfona, acompanhou, em proximidade, o caso, tendo-se deslocado a casa da família. A Câmara Municipal de Alpiarça disponibilizou um psicólogo depois da intervenção numa primeira fase pelos psicólogos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). “Estão desolados, a viver um momento de verdadeiro terror, fruto de um acidente que ninguém deseja, mas que pode acontecer a qualquer pessoa”, lamenta a autarca.

Apesar da consternação que se vive na corporação de bombeiros os elementos estão unidos para ajudar o avô do menino no que for preciso e que é uma das referências, a nível pessoal e profissional, da corporação. É visto pelos colegas como um homem com um coração enorme e sempre pronto a ajudar o próximo tendo sido sempre uma pessoa muito activa quer no corpo de bombeiros quer na própria comunidade.

Quem é próximo da família contou a O MIRANTE que esta é muito unida e que o avô é o pilar da família sendo uma pessoa sempre disponível a apoiar e a ajudar quem mais precisa. A mãe do menino também é querida na escola e na comunidade por ser uma pessoa com espírito de ajuda. Uma funcionária da escola diz que não há palavras para classificar o que aconteceu salientando que a mãe do menino dizia muitas vezes que Raúl era o maior tesouro da sua vida. A directora do Agrupamento de Escolas José Relvas, Isabel Silva, lamenta profundamente a tragédia e diz que o agrupamento fará tudo para apoiar a família. “A comunidade escolar está profundamente abalada com esta tragédia e solidária com a colega que está a passar por uma situação indiscritível”, afirma a directora.

O funeral do pequeno Raúl decorreu na tarde de terça-feira, 21 de Dezembro, no cemitério municipal de Alpiarça, com muitas pessoas a vestirem uma peça de roupa branca, em jeito de homenagem, a pedido da família. Foram lançados balões brancos e azuis e foram soltas pombas brancas num último adeus.

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