Os autarcas de Vila Franca de Xira estão cansados do estado degradado em que se encontram as estradas nacionais 248-3 e 10-6, que unem Alhandra e Alverca ao vizinho concelho de Arruda dos Vinhos, e exigem da empresa estatal Infraestruturas de Portugal (IP) soluções rápidas para o problema. Numa proposta apresentada pela CDU na última reunião pública do executivo, aprovada por maioria com o voto contra do vereador do Chega, o município decidiu desencadear as diligências necessárias junto do Ministério das Infraestruturas e Habitação no sentido de encontrar soluções técnicas que visem a resolução dos problemas das estradas, que se centram sobretudo nos entroncamentos da Estrada Nacional 10 com a 248-3, bem como no acesso principal à Calhandriz e no entroncamento da Rua da Igreja com a Nacional 10-6.

A proposta exige também a necessidade de assumpção das responsabilidades financeiras das obras a executar, que competem à administração central. “A administração central recusa-se a empreender um programa diligente de conservação destas vias. A maioria dos locais habitacionais tem uma rede de transportes praticamente inexistente que obriga os moradores a usar o automóvel e temos registo de um histórico preocupante de sinistralidade rodoviária e de permanente perigo, por exemplo, no acesso principal à Calhandriz”, lamenta o vereador da CDU Nuno Libório.

O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, votou favoravelmente a proposta por considerar que se trata de um assunto que a todos preocupa. “São dois pontos negros de conflitualidade e pressão de tráfego no nosso concelho que são responsabilidade da IP. Já foram feitas tentativas para encontrar a melhor solução, já se pensou em rotundas, mas por enquanto os cruzamentos continuarão com semáforos”, informou.

O líder do executivo avisa que ao longo da EN248-3 há vários pontos de estreitamento, curva e entroncamento que envolvem riscos à circulação. “Temos vindo a fazer pressão sobre as autoridades centrais para encontrar soluções para esta matéria. Já temos agendada uma reunião com a IP para falarmos sobre os pontos negros no nosso território e estas estradas são uma delas”, explica Fernando Paulo Ferreira

O vereador do Chega, Barreira Soares, votou contra por considerar que a proposta não terá eficácia. “A isenção das portagens na Auto-Estrada do Norte (A1) é a única solução viável. Todas as outras são utópicas e não vão levar a lado nenhum”, considerou.