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31 anos do jornal o Mirante
JAE

As crises também servem para separar o trigo do joio

Enquanto houver democracia nada está perdido. As crises servem muitas vezes também para separar o trigo do joio. Uma crise não é uma guerra embora para muita gente esta ideia lhes seja conveniente.

Esta semana O MIRANTE ganhou um caso em tribunal de que daremos conta em breve. O caso envolve dívidas que o tribunal reconheceu e que os devedores acharam por bem contestar.
A vida de um jornal não se faz só de notícias e do trabalho editorial que sai dos teclados dos computadores dos jornalistas. A prova está aí para quem tiver os olhos abertos: a crise mundial está a afectar a comunicação social de todo o mundo, a fechar gráficas, a aumentar o preço do papel e dos produtos ligados à impressão de jornais de uma forma assustadora e fatal para muitos títulos. Em Portugal já fecharam, nos últimos cinco anos, mais de metade dos títulos de jornais locais, uma vez que os regionais como O MIRANTE já fecharam em crises mais recentes, e os que ainda sobrevivem podem contar-se pelos dedos de uma mão e ainda sobram dedos.

Enquanto houver democracia nada está perdido. As crises servem muitas vezes também para separar o trigo do joio. Uma crise não é uma guerra embora para muita gente esta ideia lhes seja conveniente. Esta semana comemoramos 35 anos e ao longo destas três décadas e meia vivemos muitas crises e nunca deixamos de crescer, de cimentar conhecimentos, de aprender a fazer diferente, a emendar a mão quando foi preciso. É verdade que já não imprimimos 40 mil exemplares como chegou. Mas nessa altura não havia Internet nem redes sociais. Por isso fizémos grandes campanhas de assinaturas de que ainda hoje tiramos proveito porque o jornal é conhecido e reconhecido muito para além da nossa região. Hoje, com menos de metade da tiragem dos anos dourados, chegamos ainda a mais leitores; a edição online faz com que sejamos lidos em qualquer parte do mundo e as nossas notícias sejam escrutinadas com a mesma atenção que nós escrutinamos os poderes locais e regionais.

Esta semana, no dia após o aniversário do jornal, voltamos a prestigiar a vida empresarial da região ribatejana organizando o Galardão Empresa do Ano pela 21ª vez. Faço questão de agradecer publicamente aos patrocinadores do Galardão porque um jornal não é só uma redacção e muitos jornalistas com sangue na guelra. Por trás de uma organização empresarial, mesmo um jornal que se orgulha do serviço público que vai prestando, há uma empresa, uma administração que toma decisões, e um conjunto de parceiros que garante, com a publicidade que paga a independência que um jornal precisa para que a democracia não seja uma palavra vã e os jornalistas possam orgulhar-se de serem um dos garantes de todas as liberdades democráticas. JAE.

JAE

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