Opinião
- Vinicius Todeschini
Os oportunistas
28-06-2025Os neocolonialistas, disfarçados de empresários, dizem que a solução para a desigualdade é o empreendedorismo e para isso são necessários sacrifícios, ou seja: várias gerações condenadas pela falta de condições mínimas para a sobrevivência, mas uma minoria -dentro desta franja- que dispõe de um pequeno patrimônio se aventurará no dito empreendedorismo, onde mais de 90% fracassam. Sacrificar carne humana, desde que não seja a sua ou dos seus entes queridos, sempre foi uma marca desta ideologia, que prega abertamente o enriquecimento de poucos e o sacrifício de muitos. - António Mota Redol
Israel, a Agência Internacional de Energia Atómica e as instalações nucleares do Irão
25-06-2025Diz-se que o Irão terá enriquecido urânio até 60% e que uma das instalações produz água pesada. Ora os grupos nucleares do tipo que o país tem um (Bushehr, tipo PWR), utilizam urânio enriquecido a 3-5%. E a água pesada não é utilizada nesse tipo de reactores, mas no fabrico de bombas nucleares. Por isso, é evidente que o país criou ou ainda está a criar condições para um dia vir a produzir a bomba nuclear. Todavia, o facto de a produzir não quer dizer que a possa utilizar imediatamente. - Vinicius Todeschini
Severino, Bolsonaro, Genocídio e Guerras
23-06-2025Não basta ganhar eleições, é preciso destruí-las também, para que não haja mais risco de perder alguma. Severino se aposentou antes da tenebrosa Reforma da Previdência, feita pelo governo bolsonarista, entretanto, ele não demonstra qualquer preocupação com o povo -que ele diz representar- e que teve direitos surrupiados, direitos duramente conquistados por milhões de trabalhadores. São necessários muitos Severinos para fazer um Bolsonaro. - JAE
Leila Slimani, Carla Madeira, Arturo Pérez-Reverte, Juan José Millás e a fraqueza de quem tem o poder
19-06-2025O juiz Juan Carlos Peinado foi entrevistar o Ministro da Justiça, Félix Bolaños, em Moncloa, e pediu uma tribuna. Isso é fantástico. Porquê? Porque ele não sabe interrogar ninguém a menos que esteja numa tribuna. - José Raimundo Noras
“Dona Maria” ou a “minha mulher é fascista” (I)
18-06-2025Salazar era professor de finanças, de economia percebia muito pouco (:) Tenho muita pena que os seus pais, gente humilde e honrada, não tivessem ensinado o filho a apanhar caracóis, porque se com um curso de direito e uma “equivalência” ao doutoramento não conseguiu arranjar trabalho na área, poderia dedicar-se a outras coisas. Julgo, porém, que sabia dobrar a própria roupa. Foi quase um subsídio-dependente, o doutor Salazar.