Moradores de Alverca ganham luta contra árvores que causam problemas
Estudo de fitossanidade realizado nas árvores da Cova do Bicho, em Alverca do Ribatejo, confirma que várias árvores têm problemas e vão mesmo ter de ser cortadas já no próximo ano.
Há mesmo árvores doentes na praceta da Cova do Bicho, em Alverca, que vão ter de ser abatidas e a operação vai acontecer no próximo ano. É uma vitória para os moradores da zona que há muito pediam uma solução para as nuvens de sementes semelhantes a algodão que estavam a gerar problemas no dia-a-dia e que O MIRANTE noticiou no último Verão.
Na semana passada, em resposta ao primeiro subscritor do abaixo-assinado que reuniu mais de duas centenas de moradores da zona, a junta de freguesia confirma que o estudo encomendado pela Câmara de Vila Franca de Xira ao Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, já foi concluído e recebido nos serviços municipais e que, segundo o documento, alguns exemplares terão mesmo de ser substituídos. Não se sabe ainda em concreto quantas árvores têm o destino traçado mas está garantida a plantação de espécies alternativas que não causem impactos na comunidade e sejam mais adaptadas à vida urbana.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, já tinha assegurado que o estudo é que iria ditar o futuro daquelas árvores. A primeira avaliação fitossanitária das árvores realizada pelos serviços municipais em Abril já tinha detectado vários problemas nas árvores, particularmente nos choupos, e por isso foi solicitada a avaliação do seu risco de colapso sobre a via pública.
Na Cova do Bicho, tal como O MIRANTE noticiou, não havia um prédio com uma janela aberta mesmo em dias de sol intenso e até as lojas tinham dificuldade em manter as portas abertas devido ao pólen que anda pelo ar na Primavera e Verão. Os residentes garantiam não estar contra as árvores mas sim a forma como as podas têm sido feitas nos últimos cinco anos pela Câmara de Vila Franca de Xira que, lamentavam, não abrangiam as pernadas principais onde se encontram as sementes.