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Benavente na linha da frente na produção de hidrogénio verde
António Costa visitou as instalações da fábrica Fusion Fuel em Benavente

Benavente na linha da frente na produção de hidrogénio verde

O primeiro-ministro esteve na fábrica da Fusion Fuel onde se estão a produzir electrolisadores, dispositivos que permitem produzir hidrogénio. O objectivo é criar entre 350 a 400 postos de trabalho até 2024, num projecto co-financiado pela União Europeia no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

O primeiro-ministro, António Costa, visitou em Benavente, na terça-feira, uma das empresas contempladas com financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A Fusion Fuel, localizada no Parque Industrial de Vale Tripeiro, produz hidrogénio verde. Para já a unidade de produção de electrolisadores, dispositivos que permitem produzir hidrogénio por meio de processos químicos, tem 60 trabalhadores, que produzem 20 megawatts anuais de energia verde.
O CEO da Fusion Fuel, Frederico Figueira de Chaves, em declarações a O MIRANTE, diz que o objectivo é até ao final do ano aumentar a produção para 100 megawatts. “Até ao final de 2025 o objectivo é também subir para 400 a 500 megawatts e aumentar os postos de trabalho para 350 a 400 em 2024, só na fábrica de Benavente”, realça.
António Costa destacou que uma das premissas para aprovação das candidaturas da agenda mobilizadora, como o caso da Fusion Fuel, é a criação de produtos novos e inovadores. A verba para o conjunto de investimentos deste consórcio empresarial totaliza 22 milhões de euros, sendo que dessa fatia, 8 milhões e 700 mil euros são para investigação e inovação. 136 milhões de euros do PRR, o projecto mais alargado, prevê a implementação de 606 megawatts de potência instalada de hidrogénio, que ainda está em apreciação pelo IPCEI – Projetos Importantes de Interesse Comum Europeu.
O edifício industrial, onde agora é produzida energia verde, estava desactivado há 10 anos, e foi comprado este mês pelo fundo francês Corum Eurion por 10 milhões de euros.

Crescimento económico
VS acessibilidades
Com o crescimento económico torna-se prioritário o investimento em mais e melhor acessibilidade. Aliás, os problemas de trânsito em Benavente e Samora Correia, assim com a deficitária rede de transportes públicos, levaram a que a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) pensasse em alternativas para servir a população. Vai ser por isso criada uma empresa intermunicipal para gestão dos transportes públicos na região. “O acréscimo de trânsito na Estrada Nacional 118 verifica-se por causa do custo das portagens, sobretudo o de veículos pesados. Estamos a trabalhar numa alternativa de transportes públicos e na proposta de criação da variante entre Benavente e Samora Correia, para desviar o trânsito”, disse ao nosso jornal o presidente do município de Benavente, Carlos Coutinho.

A importância
de uma nova fileira industrial
O primeiro-ministro disse que as 51 agendas mobilizadoras já aprovadas constituem uma das componentes fundamentais do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) envolvendo 2.900 milhões de euros na capitalização e inovação empresarial. A Fusion Fuel que vai funcionar em Benavente no âmbito do consórcio do Sines Green Valley para produção de hidrogénio verde, o que no entender de António Costa é um contributo para a criação de uma nova fileira industrial e a reindustrialização do país.
Costa afirmou que o conjunto das agendas mobilizadoras irá permitir a criação de 18.000 postos de trabalho e que os produtos ou serviços inovadores previstos “valem 8,7 mil milhões de euros, ou seja, quase quatro vezes mais que o investimento que está previsto ser apoiado pelo PRR”.
O PRR envolve mais de 18 mil milhões de euros entre subvenções e empréstimos até 2026, tendo António Costa afirmado que as agendas mobilizadoras constituem, provavelmente, o programa “mais desafiante, mais inovador”, ao permitir “aportar valor acrescentado” ao que é produzido no país, essencial para um aumento significativo do PIB. Segundo afirmou, as 51 agendas mobilizadoras envolvem 1.228 entidades, 900 das quais empresas, 114 entidades do sistema científico e tecnológico, para além de entidades da administração pública ou outras que não são financiadoras.

Benavente na linha da frente na produção de hidrogénio verde

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