Funcionários do Tribunal de Santarém manifestam-se por melhores condições
Quatro dezenas de funcionários do Tribunal de Santarém deixaram os postos de trabalho às 13h30 de 10 de Janeiro, hora em que iniciaram um plenário à porta do palácio da justiça II, na antiga Escola Prática de Cavalaria. Os funcionários juntam-se assim aos protestos a nível nacional que incluem também uma greve da parte da tarde por tempo indeterminado. O protesto obrigou ao adiamento de vários julgamentos.
Na origem dos protestos está o congelamento na progressão de carreira, a falta de pessoal e “o pedido de integração do suplemento no nosso ordenado pelos 14 meses, e não pelos 11 como eles nos estão a pagar”, explica a O MIRANTE a coordenadora regional do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Liliana Gil. Tal como ela, a maior parte dos presentes vestia uma camisola de cor preta com a mensagem “Justiça para quem nela trabalha!”. Liliana Gil tem 26 anos e é escrivã auxiliar no Tribunal de Santarém. Garantiu a O MIRANTE que “às vezes há funcionários a sair do local de trabalho à uma da manhã e entrarem às nove da manhã no dia seguinte”.
Andreia Fortes está no Juízo de Comércio de Santarém e queixa-se a O MIRANTE que sempre que algum funcionário falta no Tribunal do Cartaxo é chamada para o substituir, ficando assim a trabalhar para dois tribunais diferentes, por vezes, no mesmo dia. Já lhe ligaram a um Domingo à noite para se apresentar na segunda-feira de manhã no Tribunal do Cartaxo e não em Santarém. “O tribunal tem que estar aberto”, revelou, acrescentando que não recebe qualquer apoio para a deslocação, por vezes feita no seu período de hora de almoço.