Salários em atraso põem Rio Maior SAD fora de jogo
Continuidade da Rio Maior SAD no Campeonato de Portugal em futebol está em risco devido às debilidades financeiras e à debandada de jogadores. A equipa faltou ao jogo com o Pêro Pinheiro e pode ter sido o princípio do fim da sua participação na prova.
A Rio Maior SAD, que milita na série C do Campeonato de Portugal em futebol, faltou ao jogo com o Pêro Pinheiro, no domingo, face aos salários em atraso, anunciou o Sindicato dos Jogadores de Futebol. “Na sequência da reunião, e face à total ausência de condições para a continuação da actividade desportiva, os jogadores decidiram cessar a actividade não comparecendo aos treinos e ao jogo com o Pêro Pinheiro, agendado para domingo, 29 de Janeiro”, pode ler-se no comunicado divulgado pelo organismo.
De acordo com a nota, “esta decisão deve-se aos sucessivos incumprimentos da administração da SAD do Rio Maior para com os atletas, desde o início da temporada 2022/23, que comprometem a estabilidade profissional e familiar dos jogadores”. O sindicato adiantou ainda que “accionou os mecanismos financeiros à disposição para acorrer à gravidade da situação” enquanto “o plantel exige uma tomada de posição à SAD, face ao sucedido”.
Esta decisão surgiu na sequência da reunião entre o plantel principal do clube, o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, e o responsável pelo gabinete jurídico, João Oliveira. Em declarações à agência Lusa, Joaquim Evangelista não se mostrou optimista uma vez que não vislumbrou nenhuma solução. “Nas reuniões que tive com os dirigentes não vislumbrei nenhuma solução objectiva”, lamentou.
Para o dirigente, desistir do Campeonato de Portugal é um desfecho provável: “Se não houver mais nenhuma notícia não vão a mais nenhum jogo. É encontrar uma solução imediata, desvincular os jogadores para eles poderem ir para outros clubes”.
Este é o segundo emblema de Rio Maior em vias de desistir do campeonato no qual participa, depois de em 2009 o UD de Rio Maior ter abandonado a então III Divisão, devido às dívidas na ordem dos 150 mil euros, dos quais 75 mil às Finanças e o restante a fornecedores, jogadores e treinadores.